Estamos no tempo deles, dos perfumados marmelos.
Já no Verão, quando me deslocava pelo Algarve, os via, quase servindo de sebe a terrenos. Então ainda verdes. Agora, amarelinhos e perfumados.
Desde que cortei relações com as grandes superfícies, abasteço-me de fruta, num pomar aqui perto de casa e, uma vez por semana, lá vou eu, procurando o que me agrada - da época, tem que ser da época! Nada de batota com estufas e câmaras de frio.
Assim, ontem, lá fui.
Muitas uvas, tangerinas de Tavira, laranja "da nova", pêra rocha e marmelos.
Pouco mais de 2kgs.
Descascados e retirado o "caroço", foram pesados. Cerca de 2 kgs. Receberam 1.200 Kg de açúcar e esperaram, até que no fundo da panela surgiu um pouco de líquido. |
Está pronta, sólida, perfumada, pronta a ser fatiada para depois dançar com fatias de queijo. |
Todo aquele cerimonial de mexer com colher de pau, queimando mãos e braços, até que o ponto fosse atingido, desapareceu, desnecessário, anacrónico e doloroso. |
Só se alguma alma gentil se lembrar de me oferecer uns quilitos de marmelos, só assim, cozinharei mais.
Entretanto, cascas e "caroços" foram aproveitados.
Depois, foi vertê-la em frascos estirilizados ... |
... que neste momento ainda arrefecem! |
Serão degustados em tostadas torradinhas à hora do lanche! |
Por estas e por (muitas, muitas ...) outras, adoro o Outono.
Beijo
Nina