Por puro acaso, quase por engano, cheguei aqui!
Num desvio da estrada principal, num caminho mal alcatroado que desaconselha o avanço, cheguei!
No meio de campos de flores silvestres, num aglomerado de figueiras, escondido, dissimulado, achei:
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São 4 o 5 casinhas brancas, debruadas com o azul bem algarvio, uns quantos painéis de azulejos, céu cobalto, ar quente e o canto das cigarras.
À vista, ninguém! |
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Só para fim de semana e férias, seguramente!
Os proprietários descobriram este tesouro e, como se faz com os tesouros, guardaram segredo. |
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É só deles este espaço. Um mundo à parte! Precioso, único! |
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Contra o branco das paredes, cactos poderosos, que não exigem cuidados para florescerem. |
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E sardinheiras de todas as cores e pinheiros e silêncio. |
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Não são palácios ... |
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... são casinhas modestas, provavelmente compradas a agricultores locais desejosos de um moderno apartamento. |
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E o perfume?
Já falei do inebriante perfume da madressilva? |
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À noite, a luz difusa de um lampião ... |
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... que a Utopia não casa com modernices-. |
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Aqui, simplesmente, está-se! |
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E, como no paraíso perdido, os frutos vêm diretamente das árvores ... |
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...e a vista perde-se nas paredes, nos muros de flores. |
Quando eu for grande, também quero achar a minha UTOPIA!
Beijo
Nina