O meu primeiro avental , feito por mim - esclareço! Que aventais tenho muitos e a todos dou uso diário, já que está contra a minha natureza entrar na cozinha desprotegida.
É que sou dada a salpicos e outros desastres de que apenas o avental me protege.
Os que possuo são práticos e lindos, porém, apetecia-me algo diferente, mais retro, mais elaborado, com o seu quê de "frou-frou", quase rococó!
Teria, no entanto, que ser projeto adequado à minha competência ... coisa fácil, já se vê!
Tecido, já estava escolhido, um retalho que por aqui anda há anos, com fundo lilás, semeado por galinhas, que é um motivo decorativo que muito me agrada.
Lavado e passado o tecido, estendi-o dobrado e, sobre ele, coloquei o molde - um avental liso, muito prático.
Marquei a toda a volta, com um lápis, dando uma margem de 2 centímetros. |
Reservei.
Seguidamente, medi a alça que passa pela parte de trás do pescoço, bem como as tiras que com que se enlaça o corpo.
Cortei e, com o ferro quente ... |
... marquei dobras ... |
... assim, e ... |
... finalmente, dobrei ... |
... vincando bem com o ferro. Pude então coser as alças que reservei. |
Pretendendo dar o tal arzinho "frou-frou" ao avental, decidi colocar no fundo um folho, usando um tecido fininho, em xadrês.
O facto da espessura ser fina justifica-se, pois pretendendo um folho, queria, a todo o custo, evitar uma coisa farfalhuda que ameaçasse fazer-me levantar voo.
Para o folho, - esclareço - utilizei o dobro da largura do avental.
Por sorte, tinha, guardada, uma renda em branco e lilás - nem de propósito. |
Com ela rematei o folho. Seguidamente, com o tecido xadrês, dobrado, cortei um bolso amplo - não o dispenso! Nele coloco os telefones que assim me acompanham por onde quer que eu vá. |
Está pronto! |
Eu? Sim, eu! Muito feliz! |
Assim como que se tratasse de uma injeção de auto-estima!
Se calhar vou oferecê-lo! |
Mas não para já!
Para já, nem pensar!
Por enquanto encontro-me totalmente agarrada à cria, na fase em que se acalenta, se cheira, se olha, se lambe!
Seria uma enorme violência, quase uma crueldade, arrancar dos meus braços este bebé!
Preciso de tempo para cortar o cordão!
Beijo
Nina