Conforme já repetidamente referi, eu e os bolos temos uma relação muito especial - gosto de os preparar, gosto do perfume que deixam na casa e gosto da primeira fatia... já são três gostos! Por isso continuo a ser boleira.
Nesse capítulo tenho sempre, mas sempre, presente, a preocupação de utilizar ingredientes que por aqui estejam, evitando desperdícios. Essa preocupação aplica-se com principal incidência na fruta que, se se aproxima de um estado de maturação perigoso, salta para um bolo.
Tenho ainda uma fidelidade quase exclusiva a um livro de cozinha, para mim uma bíblia, um tratado - O LIVRO DE PANTAGRUEL!
O indiscutivelmente melhor.
É por isso que repetidamente aconselho as cozinheiras inexperientes a, no caso de apenas poderem comprar um, que comprem este.
Foi com ele que me iniciei verdadeiramente, foi o meu mestre, o meu inspirador.
Quando me foi oferecido, a escolha era restrita, ao contrário do que acontece hoje - há milhares de ofertas, umas melhores do que outras, umas cópias de outras e outras seguramente excelentes.
Só que não preciso delas. De nenhuma delas, porque tenho o meu PANTAGRUEL.
Com o uso, acabou por se estragar e precisou de encadernação. Foi então que decidi revisti-lo com esta capa:
... e assim se tem mantido. |
Foi o que ontem ocorreu - reparei que uma quantidade considerável de amêndoas descascadas aguardavam vez para serem utilizadas.
Decidi-me pelo BOLO ANDALUZ.
Uma maravilha!
Muito fácil de preparar, recorri à Bimby para reduzir as amêndoas a pó. Não utilizei nozes - foram, portanto 250 g de amêndoas! |
Assou em forma de silicone, deixei que arrefecesse, desenformei e polvilhei com icing sugar ... |
Cresceu bem e resultou leve e fofo |
Nada seco ... |
E isso deve-se à pouca quantidade de farinha e à oleosidade das amêndoas! |
Então é assim:
- Têm amêndoas ou nozes ou nozes e amêndoas?
-Não hesitem! Arrisquem no BOLO ANDALUZ!
(Por que carga de água terá este nome?)
Não interessa!
É bom que se farta. Tão bom que, desta vez, suspeito, não me limitarei à primeira fatia.
Beijo
Nina