Não somos as melhores amigas, não!
Quero eu com isto dizer que tenho momentos, fases, excitações.
Às vezes apetece-me tanto que não consigo adiar, não permito que a falta de um componente boicote a ação. Às vezes ...
Depois passa!
Posso então ficar semanas sem me aproximar, o que é mau.
É mau, principalmente, quando tenho o que quer que seja começado, aguardando feliz desenlace que, enquanto não ocorre, corresponde a um quadro de desarrumação terrivelmente inestético.
Foi assim com esta colcha ... |
A fase penosa estava por acontecer - refiro-me ao forro, à manta térmica cosida pelo avesso.
Aí esmoreci.
Foram dezenas e dezenas de alfinetes juntando as partes.
Depois foi pespontar os quadrados ligando-os ao forro ...
Comecei a tarefa cosendo ponto por ponto à mão! Fartei-me, tal a trabalheira monótona e medieval - sim, porque estes trabalhos são imaginados como divertimento e nunca como suplício. |
Tentei coser à maquina ... IUPPIIII!!! |
Resultou! |
Bem sei que as mulheres dos primeiros colonos a chegar à América não dispunham de máquina de costura.
Bem sei!
Bem sei que concretizaram o Patchwork pontinho a pontinho.
Bem sei!
Mas também sei que não sou mulher de nenhum colono a desbravar os confins do faroeste e que se tenho uma máquina de costura há que dar-lhe uso.
Portanto ... Socorri-me das facilidades da civilização ... |
... concluindo com enorme sucesso a tarefa que não havia maneira de ser concluída. |
Ficou linda e leve e quente e alegre, prontinha para ser colocada na cama. |
Eu?
- Numa imensa alegria, como é suposto!
Arrumei a tenda, pus ordem no caos e, ainda por cima, fui bem sucedida na empreitada.
Para já, por uns tempos, quero distância da costura.
Não é, porém, um adeus!
Não!
É um mero "até breve".
Beijo
Nina