O último fim dee semana merece registo, merece narrativa, porque foi um fim de semana diferente - embora os "iguais" deixem muito boas recordações, ligadas ao conforto da repetição de rotinas extremamente agradáveis. Este, porém, foi diferente.
Na sexta- feira, com muito frio, mas céu profundamente azul, arriscámos uma saída mais longa, uma viagem de cerca de 200 Km que é a distância que separa o Porto da Nazaré.
Por quê Nazaré?
Porque Nazaré está na moda,. Fala-se incessantemente dela como paradigma para records mundiais do surf, desde que Garrett Mcnamara ficou "conhecido por quebrar o recorde mundial da maior onda já surfada em Nazaré, ..."
Na televisão, a imagem dessas ondas gigantes que se formam no CANHÃO DA NAZARÉ -
"... um desfiladeiro submarino de origem tectónica situado ao largo da costa da Nazaré, Portugal, relacionado com a falha da Nazaré-Pombal, começa a definir-se a cerca de 500 metros da costa. Considerado por muitos o maior da Europa, separa a costa da Península Ibérica na direção este-oeste desde a plataforma continental, numa extensão de cerca de 211 km começando a uma profundidade de 50 metros até à planície abissal Ibérica onde atinge profundidades na ordem dos 5000 metros." é impressionante, avassaladora ,,,
É pois, devido a esta morfologia que as ondas atingem alturas assustadoras, medonhas e se torna quase inacreditável que alguém seja suficientemente corajoso e/ou louco para se aventurar naquele território - mas o certo é que muitos se aventuram, tendo sido Mcnara o primeiro a tornar-se merecidamente famoso naquele local.
Partimos, portanto, com o objectivo de fotografar as ondas, só que, embora o vento fosse violento, quase ciclónico, o mar, esse, estava flat, em linguagem de surfista.
Para chegar à Praia do Norte - o local das maiores ondas - devemos rumar ao "Sítio" o ponto mais alto da Nazaré e daí seguir a seta que indica "Farol" |
O SÍTIO é, provavelmente, o local mais interessante de toda a vila, oferecendo uma paisagem impressionante.
Muito tricô produzem as mulheres da Nazaré ... |
Para almoçar escolhemos o Mar à Vista ... |
Foi assim:
Eu - Peixe fresco, o que tem?
Ele - Nada! Não temos peixe fresco!
Eu - Ah?????
Ele - Não! Não temos peixe. Não sabemos se vamos ter clientes e por isso não compramos.
Calei-me, perguntando a mim mesma se não era suposto e obrigatório que num local habitado por pescadores, fosse obrigatório haver peixe. Estamos a falar de um restaurante, certo?
Enfim! Decididamente não me cativou. Decididamente, não recomendo. Jamais.
Segui-se um passeio a pé, enfrentando o vento cada vez mais feroz:
O carapuço foi de uma utilidade, de um conforto extremo ... o que não impediu de ficar com o cabelo completamente emaranhado - tive um trabalhão para, mais tarde, me pentear ... |
Ao fundo, deduzo que se trate de uma das artesãs que tricotam os muitos casacos expostos para venda. |
Daqui seguimos para Alcobaça ...
... visitando o belíssimo Mosteiro |
... recordando a trágica história de amor de Pedro e Inês.
... revendo o túmulo de D. Pedro ... |
... e de D. Inês |
O MOSTEIRO DE ALCOBAÇA é de uma beleza incrível ...
... merecendo todas as visitas - já lá entrei muitas, muitas vezes e sempre me maravilho. |
Antes de regressar, fiz questão de cair em tentação, de pecar deliberadamente.
Como?
Entrando na pastelaria Alcoa - depois de olhar não há quem resista, porque tudo é lindo, tudo premiado em concursos de doçaria conventual, tudo irresistível ...
Dentro desta caixinha ... |
... a tentação! |
Fui escolhendo - um destes, dois daqueles ... |
... e enchi duas caixas! |
Neste momento resta uma. Quase vazia!
Basta olhar para salivar. E comer!
Nunca mais passo, entro, olho, compro na Alcoa - maravilha de lugar, paraíso dos gulosos.
Foi ou não uma sexta-feira para registar e recordar?
Pois foi!
Beijo
Nina