Isto hoje está assim, o dia amanheceu frio, depois choveu, a seguir o sol rompeu e aqueceu e agora está uma ventania que leva tudo raso. Portanto temos um tempo para todos os gostos.
Tinha-me iludido, habituado à ideia que o calor viera para ficar e tratei da logística. Até pintei as unhas dos pés para, sem medo, adoptar as sandálias, mas não. Hoje arrepiei caminho.
A semana que agora se aproxima do fim foi agitada como já ontem dei conta, até porque, para além das rotinas tratei da tarefa que duas vezes ao ano me assoberba - refiro-me ao trocar de roupas, guardando o que foi de Inverno e resgatando o que é próprio do Verão. É uma trabalheira desgraçada.
Já tive a ilusão de que seria capaz de evitar o tormento se conseguisse , minimalista, ter pouca coisa, não me tentar com as novidades, ser comedida nas compras, destralhar, destralhar, destralhar.
Foi uma ilusão, porque não há como negar a natureza e eu, decididamente, não sou feita dessa massa.
Gosto de roupa, gosto de moda, gosto de coisas. E gosto durante muito tempo. E não me canso delas. O que acaba por me resgatar como desenfreada consumista.
A prová-lo, este conjunto, que somados os anos atingiria as dezenas - a blusa e as calças têm mais de 10 , a gabardina é do ano passado e só os sapatos são novos, mas, atendendo à sua cor neutra e estilo clássico e confortável, presumo que ficaremos juntos e felizes por muito tempo.
Mas, acreditem ou não, foi ontem que tudo isto aconteceu.
Tudo mudou com a generalização do conceito do pronto a vestir e, mudou vertiginosamento com o aparecimento das cadeias low cost. Imbatíveis, reconheço. Até porque praticam uma espécie de pirataria que lhes permite manter-se sempre na crista da onda no que a tendências diz respeito.
Perante a sua voragem consumista, considero-me um exemplo de contenção - comigo a roupa dura o que faz de mim uma péssima cliente. Ainda assim, chamem-me tudo, mas não me chamem minimalista.
Que não sou.
Beijo
Nina
Tinha-me iludido, habituado à ideia que o calor viera para ficar e tratei da logística. Até pintei as unhas dos pés para, sem medo, adoptar as sandálias, mas não. Hoje arrepiei caminho.
A derrota foi absoluta - voltei às meias, escondi as unhas com sapatos fechados e até vesti gabardina, que, embora ligeira não deixa de o ser |
Já tive a ilusão de que seria capaz de evitar o tormento se conseguisse , minimalista, ter pouca coisa, não me tentar com as novidades, ser comedida nas compras, destralhar, destralhar, destralhar.
Foi uma ilusão, porque não há como negar a natureza e eu, decididamente, não sou feita dessa massa.
Gosto de roupa, gosto de moda, gosto de coisas. E gosto durante muito tempo. E não me canso delas. O que acaba por me resgatar como desenfreada consumista.
A prová-lo, este conjunto, que somados os anos atingiria as dezenas - a blusa e as calças têm mais de 10 , a gabardina é do ano passado e só os sapatos são novos, mas, atendendo à sua cor neutra e estilo clássico e confortável, presumo que ficaremos juntos e felizes por muito tempo.
Tratava-se então dos acessórios - sapatos e mala/carteira a condizer. |
Jurássica! É como me vejo com estes desabafos. |
Mas, acreditem ou não, foi ontem que tudo isto aconteceu.
Tudo mudou com a generalização do conceito do pronto a vestir e, mudou vertiginosamento com o aparecimento das cadeias low cost. Imbatíveis, reconheço. Até porque praticam uma espécie de pirataria que lhes permite manter-se sempre na crista da onda no que a tendências diz respeito.
Perante a sua voragem consumista, considero-me um exemplo de contenção - comigo a roupa dura o que faz de mim uma péssima cliente. Ainda assim, chamem-me tudo, mas não me chamem minimalista.
Que não sou.
Beijo
Nina