Geralmente, apenas lavava e secava e de lá vinha muito bem disposta com o resultado. Esclareço que tenho o que se pode chamar um cabelo horroroso. Muito fino, indomável e com tendência a encrespar. Se lavado em casa, aguenta-se 1 ou 2 dias, até que desisto de o domesticar, prendendo-o ou recorrendo a um qualquer artefacto que o deixa sempre mal.
Por isso, às quintas-feiras, às 2 horas, lá estava eu, entregue às mãos da Márcia.
De dois em dois meses dava um toque nas madeixas e cortava as pontas.
Mas isso era dantes. Antes da pandemia. Num intervalo da maldita, em Agosto, trataram-me do cabelo.
Depois, confinei.
O cabelo cresceu, as nuances dissiparam-se e - confesso- uma manhã, ao espelho, desesperei.
Parecia uma zebra.
Às riscas.
Passei pela farmácia e comprei um produto hipoalergénico, sem amoníaco.
Recomendava prévio teste.
Atrás da orelha, 48 horas antes da aplicação.
Esperei 24 e não vi reação.
Apliquei.
A cor uniformizou medianamente.
Não gostei.
Mas ...
O pior estava por vir: dois dias após a aplicação, acordei com picor generalizado.
Chato.
Tomei um anti-histaminico e nem assim passou o incómodo.
Conclusão, acho que só de chapéu, gorro, boina ou carapinha assumida.
Beijo
Nina