Aprendi a gostar de sardinhas, já adulta!
Em criança, nunca ninguém me convenceu a sequer prová-las!
Olhava e via espinhas, quando muito, comida para gato!
Para agravar a aversão, as ditas tinham cheiro forte, poluindo o ar enquanto eram assadas na brasa!
Pronto!
Era tamanho o horror que só por crueldade mental me poderiam obrigar a comê-las / cheirá-las.
Era uma relação de profundo e definitivo ódio.
Quem haveria de dizer que, anos volvidos, um dia, numa festa de S. João, a medo, me atrevi a provar e... não é que gostei?
Temos, portanto, que gosto muito de sardinhas e que, no S. João faço toda a questão de as comer, um bom prato delas, com batatas cozidas e salada.
Uma delícia! |
Mas , a verdadeira razão é que as ditas impregnam a casa com o seu cheiro forte, devendo, obrigatoriamente, ser cozinhadas ao ar livre.
Depois, há que confessar, estou sozinha nesta preferência e suspeito que os meus familiares, odiadores profissionais de sardinhas e de peixe miúdo - o tal para gato - abandonariam o lar familiar se eu me aventurasse em tais lides.
Por isso, como sardinhas no restaurante, como a imagem documenta!
Este ano já me lambuzei três vezes! Uma boa média!
Creio que encerrei a sessão das sardinhas e que, agora, só para o próximo ano voltarei ao local do crime!
Será que abri o apetite a quem me lê?
Beijo
Nina