A pandemia precipitou esta decisão, acabando por concretizar um projeto latente, um projeto acalentado desde sempre.
Falo de viver no campo.
Nasci e cresci numa casa com quintal e jardim. Havia horta, árvores de fruta e até galinhas para consumo doméstico. Também tínhamos cães e pelo menos um gato. Parecia-me normal, nada que sugerisse privilégio particular.
Quando , casada, me mudei para um andar, fi-lo com o entusiasmo de quem inicia uma nova (e fulgurante) etapa, valorizando a novidade de cada pormenor. Porém, cedo constatei que a “coisa” tinha os seus “quês “ - saudades do quintal, da horta, do cão, do gato e até das galinhas. Ruminei no assunto, quase sempre em solilóquio, já que o quórum se me apresentava reticente. Quando muito, suspirava:
- Ah, uma casa com quintal! ( Do outro lado, nada, nem um pio, numa muito bem conhecida surdez seletiva.)
O tempo foi passando.
O tempo, essa espécie de abstrata divindade que tudo resolve, resolveu finalmente o meu tão profundo anseio.
Não me mudei para o campo, não!
Mantenho a minha casa de sempre, a minha casa de onde vejo o mar. Mas, o refúgio no campo está lá, como alternativa, como opção aberta. E, sempre que apetece, viro camponesa.
Depois de todo o tempo em que brinquei aos quintais, brinquei aos jardins, nas varandas e terraços da cidade, agora é a sério, como provam as laranjas e dióspiros acabadinhos de colher.
Estou a gostar muito mais do que imaginava que gostaria.
(Esta a razão da minha quase ausência. É que as tarefas de camponesa são assoberbantes. E depois há o clima com os seus caprichos, e as regas e as podas e as colheitas que me escravizam. Repito, não poderia estar mais feliz)
Beijo
Nina
Que bom! Fico feliz, pois esses trabalhos fazem bem ao corpo e alma! Legal! Boas plantações e colheitas! bjs, chica
ResponderEliminarQue lo disfrutes! aunque tengas dolor de cintura cuando hagas la tarea en el campo. A mi también me encantaría tener un lugar en donde poder disfrutar de la naturaleza.
ResponderEliminarBesos desde
https://siempreseraprimavera.blogspot.com/
Estar junto a natureza é tudo bom, aproveite cada momento. Bjs
ResponderEliminarDetalhes fotográficos que elogio e aplaudo
ResponderEliminar.
Uma noite feliz
Abraço
É verdade Nina... aqui somos bem felizes!
ResponderEliminarA minha atividade na aldeia é quase nula pois passo muito tempo a ajudar a cuidar da neta no Porto!
Contudo... regressar à aldeia é sempre uma lufada de ar fresco onde apenas faço a limpeza dos terrenos à volta da casa!
Mas vai ver que ganhamos anos de vida!
Bom fim_de_semana 👍
Que maravilha. Bom fim de semana.
ResponderEliminarSortuda!
ResponderEliminarAbraço
amiga fico muito feliz por ti pois nada melhor que o compo eu adoro lindas arveres bjs tudo de bom saude
ResponderEliminarOlha que bom, Nina.
ResponderEliminarEu também tenho um refúgio no campo, mas perto do mar ao mesmo tempo e é tão bom...Como te compreendo.
E é também a razão de eu "desaparecer" de vez em quando eheheh
Beijinhos e aproveita muito,
Guida
Bom dia Nina,
ResponderEliminarNunca é tarde para a concretização dos nossos sonhos.
Desejo que seja muito feliz e aproveite bem o seu campo!
Nada como a liberdade de poder desfrutar de ar livre rodeada de todos esses componentes que tornam a vida do campo única!
Beijinhos e tudo a correr pelo melhor.
Bom fim de semana.
Ailime
Sim, senti sua falta.
ResponderEliminarBom saber que fez falta, não acha.
Nunca imaginei que vc estivesse no campo.
É lindo mas dá muito trabalho.
Bjs,
Oi Nina, é verdade, senti a sua falta, mas agora que sei que está no campo, aproveitando esse tempo tão incerto, fico feliz!
ResponderEliminarBeijosss!!!
Desfrute da sua casa no campo, Nina. Oferece-lhe o que a cidade não dá. E o inverso. Portanto, ter duas casas, uma cá e outra lá, embora não seja para qualquer - faça o favor de dar graças, se não a um Deus, aos homens, a si, a seus pais, ao parceiro, a quem tornou possível a ambivalência habitacional - pois dizia eu, é salutar.
ResponderEliminarSou uma camponesa; se ando pela cidade, lembro-me de Cesário Verde que era um camponês em Lisboa; e tenho pena que me faltem versos e rimas. A gente vai à cidade com o mesmo espírito daqueles que vinham de comboio e atravessavam o Tejo de barco, receosos de ladrões e enjoos e maravilhados com a perícia do fulano que os guiava água fora, pescoço esgalgado e olhos atentos às boias no rio, pés azarados a tropeçar no cordame, o vime das babalaicas vincado em mãos preocupadas e eles quase a impar e em esforço na manobra de acostagem, admiradíssimos com a presteza do marinheiro, uma vontade de bater palmas à avaria, alheios aos soslaios trocistas dos habitués. Chegavam carregados de cestos com verduras indiscretas, mimos da terra e do suor, destinados a filhos e parentela. Como eles, temos olhos estrangeiros que admiram as cintilações da urbe, mas não as trocam por uma noite de luar; emudece-nos a variedade colorida das montras mas preferimos as cores da natureza onde o vento e o sol passam livres ou fazem casa.
E é absoluta verdade, no campo há muito trabalho a fazer. Sempre.
Mas há também certa satisfação ao fim de um dia de cansaço. E sempre se faz pouco para o tanto por fazer.
Portanto, seja feliz com a sua "vida no campo".
Bea, obrigada pelo mimo que é o seu comentário. Obrigada. Estamos felizes e animados com a aventura, ainda mais porque poderei sempre gerir o meu envolvimento nas árduas tarefas implícitas. É toda uma descoberta - até apanhar folhas de louro dos arbustos. Nunca serei uma camponesa, pois, por muito que queira, o bichinho da cidade prevalece. Sou assim um ser híbrido que calça galochas e tacão alto. Um luxo, reconheço. Beijinhos. Fique bem.
EliminarQue bom minha querida.
ResponderEliminarFico muito feliz com a tua felicidade.
Aproveita muito.
Beijinhos grandes.
Fizeste-me lembrar a música do teu conterrâneo "Sei de uma camponesa...". Claro que senti a falta, não me passava pela cabeça, mas se é uma opção consciente e feliz, porque não?
ResponderEliminarBeijinho, muita saúde e... boas colheitas!
Que bom, Nina! Um escape perfeito e super saudável, para esta fase que atravessamos! Poder conviver de perto com a natureza, é mesmo a melhor solução no momento... e bom, ver que tal já está... literalmente... a dar frutos!... :-))
ResponderEliminarBeijinhos! Continuação de dias felizes e ocupados... e usufruindo o melhor dos dois mundos... campo.. e mar! Bom fim de semana, com tudo correndo pelo melhor, aí desse lado!
Ana
Muito feliz por ti Ninita! Aproveite cada momento passado por lá. Registre sempre que possível para nós. Muitos beijinhos!
ResponderEliminarA energia que põe nas coisas Nina!
ResponderEliminarE pode acontecer que os reticentes, depois da concretização, se deixem seduzir pelo projeto.
Não estava a vê-la mulher de campo, imaginava-a somente citadina, na praia e a ir ao campo e voltar breve. Como eu. Embora na infância passasse temporadas na casa de província de meus avós, geralmente por alturas de Setembro, tempo de vindimas, na região da Beira Baixa, não me marcou profundamente, a ponto de querer investir no campo. A tristeza dos dias, o tinir dos chocalhos, a falta de tv, o ir à fonte buscar água, a ausência de esquentador, a falta de amigos para brincar, tudo me pesava. Outros tempos.
Bom domingo, depois da longa ausência.
Olá Nina: imagino que deve ser muito agradável e relaxante. Tão bom poder colher os frutos e apreciá-los. Que te sintas feliz é o mais importane.
ResponderEliminarBjn
Márcia
Vivo na mesma aldeia desde que nasci. Adoro esta vida no campo 😊
ResponderEliminarBeijinhos
Me encantaría tener una casita en el campo, me encantan las flores y la vida tranquila que se vive en el campo.
ResponderEliminarBesitos
Boa noite de domingo, querida amiga Nina!
ResponderEliminarUma maravilha de pista você nos dá. Adoro o campo e sinto falta também.
Vamos, vez por outra, dando uma fugidinha para recarregar a bateria.
Tenha uma nova semana abençoada!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e
Qué lindos recuerdos, qué lindas fotos, qué lindo lo que cuentas.
ResponderEliminarComo essa "conversa" me soa conhecida. Casa que é casa é um andar para não dar trabalho (ironia!) para não ter um quintal que se suja (sozinho) e mais coisas para limpar... e agora? 30 anos a viver em andar, só me apetece uma casa de campo, com quintal, com terreno (não precisa ser grande) com árvores e ervas e terra e animais e isso tudo... de preferência à pé de um lago ou de um riacho, se não for pedir demais.
ResponderEliminarTemos duas coisas em comum, sou apaixonada pelo mar e pelo campo. Não cultivo mas adoro estar ali no meio a ouvir os pássaros, a ver as flores, as montanhas e os gatos a correr :D
ResponderEliminarAdorei as fotos. Muitos parabéns
Beijinhos
Eu amo a vida do campo. Sempre que posso vou pro sitio no interior.
ResponderEliminarAs fotos ficaram muito bonita!
Boa semana cheia de coisas boas!
Beijos!
Eu acho que meus comentários não estão entrando...
ResponderEliminarO seu entrou sim, Smarainha,
Eliminarporque o vejo na minha frente,
enquanto o meu, este sim, não
entrou.
Um beijo pra você e pra dona
dessa pensão.
Eu adoro campo. Sempre que posso vou nos finais de semana pro sitio.
ResponderEliminarBeijos e boa semana!
Parabéns Nina, viver no campo é muito bom.
ResponderEliminarImagino caminhar entre as árvores e respirar o ar puro que não temos nas cidades grandes.
Nina, que bom ter essas duas opções para recarregar as baterias e se conectar com a natureza! ;) beijos
ResponderEliminarhttps://ludantasmusica.blogspot.com/
Olá, Nina!
ResponderEliminarQue texto gostoso de ler.
Também eu gostaria de ter um quintal, mas me alegro quando vou a casa da filha e tenho oportunidade de mexer na horta e jardim, em companhia do neto mais novo, que adora mexer na terra.
Imagino quantos afazeres está tendo aí, aproveita bastante a oportunidade no contato direto com a natureza.
Abraço
Sônia
Olá minha querida Nina!
ResponderEliminarViver no campo é tão divinal, amo!
Saúde e muita sorte!
Um beijinho recheado de luz!🌺🌼🌻
Megy Maia🌈
Que alegria, Nina! Também estou prestes a concretizar esse sonho. Em breve. Que seja bem-vinda ao campo! Bjs
ResponderEliminarOlá Nina como estás?
ResponderEliminarQue bom que estás feliz, pois passas essa imagem!
Sei o que estás a sentir, mexer com a terra, e tirar proveito dela é viciante, gratificante, libertador...enfim, alegria e saude.
De segunda a sexta, sou escrituraria, de cabelo asseados, unhas limpas e pintadas (ás vezes :)), e roupinha apresentável. Aos fins de semana calço luvas e vou partir lenha, vou à horta, trato do jardim, vou vindimar e apanhar azeitona...adoro esta vida que nos faz sentir duas mulheres tão diferentes. Continua assim feliz. Beijinhos de uma amiga tua meio ausente.
Querida Nina, ó pra mim aqui... com coração como novo e com forças renovadas.
ResponderEliminarEu bem lia (raramente, mas em diagonal)as tuas referências a hortas e plantas, muitas plantas, e agora vejo que satisfizeste o teu desejo. Dá trabalho e vais ter de pedir ajuda se a área for grande. É o que se passa lá em São Miguel com a manutenção das minhas (mini)quintas.
Mas já se vê uma colheita promissora e imagino que te sentes um passarinho a poisar de árvore em árvore! Quem me dera estar na ilha a colher limões-galegos, laranjas, goiabas...
Ainda não a 100%, irei aparecendo por aqui para ver como ficas de galochas e sachola na mão! Aguardo a foto!
Um grande beijinho com muitas saudades.
Na casa da minha avó era assim.
ResponderEliminarO arvoredo repleto de fruta amarela
e cada uma mais saborosa do que a
outra. Quantas vezes vovô me pegou
trepado num galho chupando laranja...
Faz tanto tempo e eu ainda me lembro.
Beijos, Nina e obrigado pelo verde
das plantas e o coloridos das flores.