Quando começou a pandemia e o confinamento nos foi imposto, dispensei a empregada que trabalhava comigo há anos. Na altura imaginava que seria uma situação temporária que ultrapassaríamos com a chegada das vacinas. E assim conversámos e assim combinámos. Restringi os contactos ao mínimo dos mínimos e até as compras do supermercado me eram deixadas à porta por funcionários tão espavoridos quanto eu.
Entretanto fomos quase todos vacinados e a hipótese de retomar as antigas rotinas - leia-se, admitir a presença de uma empregada, tornou-se profundamente incómoda. Teria que ser uma pessoa diferente dado que a a antiga, por razões várias, ficara indisponível.
A perspectiva de uma estranha a quem teria de mostrar o que dela esperava, a partir do zero, definitivamente não me agradava, não me apetecia ... nem de graça. Conquistei esta autonomia tão boa, esta privacidade tão preciosa que - está decido! - não quero empregada.
É claro que esta independência tem custos! É claro que o quotidiano exige , em média, 2 horas que dedico às lides domésticas. Não há como negá-lo! Mas tenho aprendido tanto, tenho desenvolvido uma capacidade de organização que não suspeitava possuir. Todos os dias faço descobertas. Todas elas no sentido de facilitar a vida sem abdicar de uma casa limpa e confortável, onde se está bem, se come bem e onde há tempo para tudo.
Eu que tão arredada tenho andado do blog, senti , de repente, o chamamento. Voltei. Sabia que ia voltar. Não me enganei.
A maioria das mulheres vive esta realidade desde sempre, bem sei. Só para mim é novidade. Ainda assim acho que poderei partilhar dicas que facilitam o dia a dia e desdramatizar tarefas comezinhas que roubam qualidade ao nosso tempo.
É o que tenciono fazer, sem pretenões de quem está a descobrir a pólvora. Pelo contrário, fico à espera de sugestões de quem, seguramente, é muito mais competente do que eu.
Beijo
Nina
Fiz o 1° confinamento em Lisboa, em casa do meu filho.
ResponderEliminarNão prescendi da empregada porque tenho gatos que ela tinha de tratar. Além do mais não posso nem quero fazer certas tarefas em casa.
Manter a empregada é também uma forma de ajudar alguém a viver um pouco melhor.
Abraço
Ninita, que belo regresso! É sempre agradável ler os teus preciosos textos que nunca nenhum insta. conseguiria reproduzir/revelar. E que grande revelação e aprendizagem a tua! Nunca tive empregada por várias razões, sendo que a principal é porque não preciso. Acho que perderia muito mais tempo a explicar como quero as coisas do que a fazê-las eu própria. Além disso com tarefas partilhadas tudo se torna mais simples e rápido. Acrescento que tendo os meus espaços desentulhados e organizados e muito pouco decorados (não sou fã de decorações, como sabes), também não tenho pó, ou seja em meia hora deixo tudo aspirado e a brilhar. Como dizia o filho de uma amiga: a casa da Lete parece um hotel! Referia-se ao desimpedido corredor por onde podia dar umas corriditas à vontade. :) Mas, são filosofias de vida e cada um terá a sua, a minha prende-se com o desejo de aproveitar todos os bocadinhos para ser feliz com tarefas e pessoas com quem gosto muito de estar. Como preciso de tempo para isso, depressa percebi que perder tempo com limpezas e arrumações não era a qualidade de vida que desejava. Por sorte, pensamos os dois de igual forma!
ResponderEliminarVou aguardar com carinho as tuas novidades e desejar que tudo continue a correr lindamente contigo/convosco. Beijinho grande, até breve! :)
Olá, Lete! Obrigada pelo efusivo acolhimento. Dizes muito bem, cada um sabe de si e o importante é ser feliz com as suas opções de vida. Sei-te feliz e confortavelmente minimalista. Ainda assim é sempre possível evoluir, melhorar e facilitar. Essa a minha perspectiva. A vida é uma descoberta contínua e se não nos acomodarmos, as descobertas surgem e o bem estar aumenta. Está a minha posição, abertura a sugestões, ávida por melhoramentos. Um grande beijinho ❤️
EliminarEstou sem empregaa, ainda sem faxineira também.Tenho feito o que posso e como posso! Mas as tuas dicas certamente nos farão bem! Bom te ver! beijos, chica
ResponderEliminarAmiga, permita um primeiro conselho: dizer não às tarefas urgentes. São realmente poucas. Tudo acaba por ser feito sem angústia. Beijinhos
EliminarSubstitua a pessoa que me ajudou (morreu de Covid) nas tarefas gerais por um robô que varre e outro que limpa as janelas. Você não pode imaginar o alívio! Eu os recomendo. Acho que nunca mais vou precisar disso.
ResponderEliminarBeijos Nina
Não fiquei sem elas.
ResponderEliminarLiberei por uns 2 meses e depois voltaram.
Bjs,
¡Cuántas cosas nos ha hecho cambiar esta situación! Y como todo en la vida, que alguien nos ayude en casa tiene su lado bueno y su lado no tan bueno.
ResponderEliminarTe paso el link https://es.aliexpress.com/item/32808116414.html
ResponderEliminarVou adorar as suas preciosas dicas, Nina! Eu também fiquei com as rotinas caseiras hiper sobrecarregadas, desde que começou a pandemia, por questões de segurança, visto ter a minha mãe por perto e por ela pertencer a um grupo de risco... tudo o mais pode falhar... mas o que me entra em casa continua a ser escrupulosamente desinfectado...
ResponderEliminarBeijinhos, Nina! Bom tê-la de volta! Feliz semana!
Ana
Boa tarde Nina,
ResponderEliminarQue bom que voltou!
As tarefas ´domésticas não são nada fáceis e no meu caso sô tive empregada quando os meus filhos eram crianças.
Fui-me habituando e quando era empregada era tudo muito difícil. A roupa continuo a entregar a uma empresa familiar que vem buscar e entregar à porta. Tudo muito clean.
Sobre as ditas tarefas reparto entre a sexta e o sábado e assim me vou orientando. È uma questão de organização para não se perder muito tempo;))!!
Beijinhos e força!
Ailime
Olá Nina! Há tanto tempo! Hoje passei no meu blog (onde já nada partilho) em busca de uma informação e lembrei-me de ti. Fico feliz por te saber bem. Nós por cá tivemos todos covid, em Julho, mas asintomático e estamos todos bem. Não sei se tens instagram, é por aí que ando últimamente. Deixo-te aqui um abraço bem apertado e um grande beijinho 🤗❤️😘 Ass: Annabelle Madeira
ResponderEliminarOlá Annabelle querida! Saudades! Dos teus comentários e dos teus textos acutilantes - levas tudo à tua frente! E o nosso loiro Viking, como está? Por aqui escapámos ao Covid, o diabo seja surdo.
EliminarEstou no Instagram - ninapereira4305! Aparece, linda! Beijinhos
Oi Nina... eu estou sem empregada há mais de 6 anos, tive faxineiras e agora sou eu mesma que limpo a casa com a ajuda dos filhos e do marido. Está difícil encontrar profissionais da faxina por aqui. Vamos levando do jeito que dá!
ResponderEliminarTenho algumas organizações que estão funcionando, mas quando não dá para limpar tudo o que quero não me desespero.
Beijosss!!!
* já estou te seguindo no Instagram, sou @janequincar, estou também com o insta da casa @cantinho_dos_carvalhos
Esta é uma nova fase na minha vida. às vezes fico farta, mas, por outro lado, ganhei uma tranquilidade e uma qualidade de vida insuperável. Vou seguir você no Instagram. Beijo
EliminarNina, querida. Pelo avanço do relógio e fuso, estais a dormir como uma bela donzela.
ResponderEliminarFaz tempo não posto no blog e acabo esquecendo de acessar para ler os posts das amigas.
Hoje vim aqui e me deparei com vários posts que não li. Que falta a minha!
Já estou sem empregada bem antes da pandemia. Resolvi reduzir as horas que dava aula para poder cuidar eu mesma da casa. Foi libertador, em economia e maior privacidade. Decididamente não quero mais estar presa com esses gastos. Faço o que posso e quando quero, sem cobranças. Limpo o que está sujo, sem neuras. Agora que estou morando na casa, tenho um jardineiro que cuida da parte externa e só. A casa é pequena comparada com a cobertura que morava, rapidinho dou uma arrumada e está tudo bem.
Adorei encontrà-la.
Bjs