No outono, as cores adoçam-se e aquecem.
A natureza comprova-o.
O céu pode continuar azul, mas deixa de ser faiscante, como em pleno verão, quando cega com um azul tão intenso que magoa, acordando o brilho das lágrimas a quem insiste em o fitar, olhos nos olhos.
O sol, esse, tem fulgores de relâmpago inclemente.
É bom, mas é demais.
As cores, desfilam simples, simplórias,sem sofisticação, violentas, primárias.
Já no outono, é outra coisa ...
O requinte das misturas, de pigmentos sobrepostos, resulta no inesperado, no inebriante cenário de mestre.
Como este por do sol, em que os limites se esbatem, a linha do horizonte se dilui e a continuidade mar, firmamento, não se define.
É muito lindo!
O mar ganha, então, nesta hora, neste preciso momento, um tom indefinido, um azul petróleo misterioso, antes de mergulhar na absoluta escuridão.
As cores da moda deste outono, seguem esta paleta.
Tudo muito ténue, muito indefinido, muito difícil de rotular.
Ao mesmo tempo, muito forte, assertivo, sem hesitações.
Os criadores limitaram-se a olhar em redor, no último outono, quando tudo foi decidido, e seguiram as linhas mestras da natureza.
Sem desvios nem invenções criativas.
O resultado é maravilhoso!
Acho as propostas deste outono irresistíveis.
Femininas!
Sedutoras!
Requintadas!
Luxuosas!
Será para nos esquecermos da crise?
Pode ser...
Quem gosta de si e se sente bem, ganha poder, fica mais feliz!
Vamos comprar umas coisinhas?
Beijos,
Nina