... isto do tema dona-de-casa!
Até já deu série de sucesso, até já deu visibilidade a atores mais ou menos incógnitos.
Só não entendo por que é que as ditas eram " desesperadas".
É certo que se metiam em imbróglios sinistros, mas tirando isso, até me parece que a vidinha lhes corria envolta em grande glamour, com casas perfeitas, cabelos perfeitos e corpos perfeitos, no que às protagonistas diz respeito. E vendeu que se fartou!
Nós, donas- de- casa de carne e osso, temos que nos contentar com muito menos.
A rotina basta- nos! Mas, às duas por três, cansa-nos. É então que a poderosa criatividade feminina entra em ação, e na falta da aventura que nos arrebate, inventamos!
Assim desabrocham talentos na culinária, no artesanato, na costura, na jardinagem ... e poderia continuar a enumerar indefinidamente palcos de criatividade.
Hoje, com um dia cinza, com frio, com agreste vento sul, pronúncio infalível de chuva que não tardará, virei-me para as compotas. De marmelo. Prefiro a compota à marmelada. Gosto de trincar os pedacinhos de polpa, imersos num banho espesso de calda de açúcar. Com torradas. Com queijo. Com carnes, aspirando a um toque exótico agridoce.
O marmelo está pronto, congelado, que da fase descasca, parte, retira caroço e volta a partir em cubinhos miúdos, dessa fase, quero distância e muita.
Portanto, temos os marmelos prontos, congelados.
Há que pesá-los, assim mesmo. Nada de os deixar descongelar, operação fatídica onde perderiam o líquido, ficando reduzidos a uma coisa fibrosa, muito semelhante à palha.
Portanto, repetindo, nada de os descongelar.
Saltam para a panela com igual peso de açúcar.
Eu, comedida e muito esperta, roubo bastante ao veneno branco que tem a irritante tendência de se alojar nas ancas e nas coxas.
Depois, lume brando, muito brando. Nada de pressas. Vai-se espreitando e mexendo de vez em quando, até que o líquido atinja o chamado ponto de estrada, ponto mágico que garante a durabilidade das compotas.
Como se constata que foi atingido?
Vertendo um pouco de calda num prato frio. Arrefece um pouco e traça-se, nesse mar de calda, uma estrada. Se esta se mantiver, está pronto!
Depois, arrefece um pouco e frascos com a delícia.
Frascos escrupulosamente lavados, escaldados e secos, bem entendido.
A tentação obriga a que se prove já, assim, quente, soprando na colher para antecipar a delícia.
Beijo
Nina
Até já deu série de sucesso, até já deu visibilidade a atores mais ou menos incógnitos.
Só não entendo por que é que as ditas eram " desesperadas".
É certo que se metiam em imbróglios sinistros, mas tirando isso, até me parece que a vidinha lhes corria envolta em grande glamour, com casas perfeitas, cabelos perfeitos e corpos perfeitos, no que às protagonistas diz respeito. E vendeu que se fartou!
Nós, donas- de- casa de carne e osso, temos que nos contentar com muito menos.
A rotina basta- nos! Mas, às duas por três, cansa-nos. É então que a poderosa criatividade feminina entra em ação, e na falta da aventura que nos arrebate, inventamos!
Assim desabrocham talentos na culinária, no artesanato, na costura, na jardinagem ... e poderia continuar a enumerar indefinidamente palcos de criatividade.
Junto ao mar, este cenário! Ameaça tempestade, garanto! |
Hoje, com um dia cinza, com frio, com agreste vento sul, pronúncio infalível de chuva que não tardará, virei-me para as compotas. De marmelo. Prefiro a compota à marmelada. Gosto de trincar os pedacinhos de polpa, imersos num banho espesso de calda de açúcar. Com torradas. Com queijo. Com carnes, aspirando a um toque exótico agridoce.
O marmelo está pronto, congelado, que da fase descasca, parte, retira caroço e volta a partir em cubinhos miúdos, dessa fase, quero distância e muita.
Portanto, temos os marmelos prontos, congelados.
Há que pesá-los, assim mesmo. Nada de os deixar descongelar, operação fatídica onde perderiam o líquido, ficando reduzidos a uma coisa fibrosa, muito semelhante à palha.
Portanto, repetindo, nada de os descongelar.
Saltam para a panela com igual peso de açúcar.
Eu, comedida e muito esperta, roubo bastante ao veneno branco que tem a irritante tendência de se alojar nas ancas e nas coxas.
Depois, lume brando, muito brando. Nada de pressas. Vai-se espreitando e mexendo de vez em quando, até que o líquido atinja o chamado ponto de estrada, ponto mágico que garante a durabilidade das compotas.
Como se constata que foi atingido?
Vertendo um pouco de calda num prato frio. Arrefece um pouco e traça-se, nesse mar de calda, uma estrada. Se esta se mantiver, está pronto!
Depois, arrefece um pouco e frascos com a delícia.
Frascos escrupulosamente lavados, escaldados e secos, bem entendido.
A tentação obriga a que se prove já, assim, quente, soprando na colher para antecipar a delícia.
Beijo
Nina