Pau d’água. É o nome pelo qual conheço esta planta, talvez porque se desenvolve muito bem com o tronco imerso parcialmente em água.
Trouxe do Brasil, há muitos anos, dois pauzinhos enrolados em papel, dentro da mala de viagem.
Uma vez regressada, segui as instruções da vendedora - numa feirinha de rua - e coloquei-os num recipiente com água. A certa altura surgiram raízes e , então, plantei-os num vaso de barro.
O local onde vivem é quase uma estufa, quente e plena de luz. Simula facilmente o clima tropical. Talvez por isso têm crescido e multiplicado. Repetidamente batem no teto e frequentemente produzem uma flor com perfume tão intenso que é quase intoxicante. Coitadinhos deles. Pensam que estão na selva amazónica.
Nessa altura corto as hastes superiores e repito o procedimento.
Sempre com absoluto êxito.
Este tem o destino traçado e vai multiplicar-se no próximo Verão.
Este, também.
O resultado é esta mata colorida.
Dela nascerão outros vasos e assim sucessivamente numa cadeia de nascimentos ditada apenas pela natureza.
Hoje, depois de um mês de chuva intensa, o sol raiou.
Pareceu-me este um quadro bonito, animador, uma mensagem de esperança.
Pois a vida insiste, persiste em progredir.
Beijo
Nina