Sou leitora constante. Este o adjetivo que melhor me caracteriza. Isto porque não vivo sem um livro. Não que dedique à leitura horas do meu dia (que não tenho ...), mas porque leio, no mínimo, um livro por mês. Faço-o como ritual,antes de dormir e, às vezes, quando o sono não vem, uso o livro como sonífero - levanto-me e leio. Funciona razoavelmente.
Situações há, porém, em que estes "costumes" são adulterados. Falo das raras ocasiões em que a leitura me devora, muito mais do que eu devoro a leitura. Isto é, sinto-me presa nas redes da trama, do discurso envolvente, em que me vejo e revejo, como mulher e como ser humano, plena de certezas, de incertezas, de dúvidas e de contradições, mas sempre em busca da minha verdade.
São momentos iluminados em que não desligo, me enredo na intriga e, paradoxalmente, receio e temo o fim que velozmente se anuncia.
Ocorreu com o último livro que li - na verdade um conjunto de quatro, que, como por milagre - dada a raridade de tal situação - mexeu comigo de um modo íntimo, profundo e absolutamente enriquecedor.
Falo da obra de ELENA FERRANTE - retenham o nome!
Provavelmente este é o pseudónimo de uma escritora genial.
A obra?
- A AMIGA GENIAL - livro 1
- HISTÓRIA DO NOVO NOME - livro 2
- HISTÓRIA DE QUEM VAI E DE QUEM FICA - livro 3
- HISTÓRIA DA MENINA PERDIDA - livro 4
Este o livro de todas as alegrias, de todas as penas ... |
Com a maior convicção, com todo o mais profundo entusiasmo, aconselho.
- Para férias?
- Sim!
Não que seja depreciativamente considerado levezinho, sem conteúdo. Nada disso!
Para férias, apenas porque sendo tempo de lazer , será para muitos(as) o tempo de todas as disponibilidades.
Esta manhã, na FNAC, deambulando entre estantes e mostruários, que vi?
Nova obra! |
Veio comigo, evidentemente!
Contenho-me para não me lançar imediatamente na leitura, contenho-me a duras penas!
Antevejo, porém e já a fantástica viagem que, mais logo, me aguarda.
Para terminar, diria:
- Se mais nada puderem/quiserem ler, leiam Elena Ferrante.
Beijo
Nina