Concluo, 15 dias decorridos, que Darwin
continua assertivo e atual!
Adaptação é tudo, é vida, é
evolução, é cumprir o mandamento número 1 da existência humana
que se resume à busca da felicidade, coisa bem concreta,
inteiramente dependente do contexto, com umas regrinhas a cumprir.
A saber:
Se não podes vencê-los, junta-te a
eles;
Toda a moeda tem duas faces, uma boa
outra má;
Não vale a pena lutar contra o
inelutável, ou, como magistralmente proclamam os brasileiros, “não
vale a pena dar murro em ponta de faca”
Tudo, para concluir que me adaptei ao
decrépito Oásis e que o choque inicial se foi desvanecendo aos
poucos, ao ponto de me confrontar com o lado bom do local, porque, por mais inacreditavel que pareça, tem um lado bom, bom e bonito e
concretizo:
Esta vista, este espaço exterior é o que de mais espetacular se pode exigir a um refúgio de férias.
É de tal modo paradisíaco que quase
me esqueço das toalhas que não são mudadas diariamente, da falta
de internet, da higiene discutível do espaço.
Quase, porque ele há coisas que nem
Darwin consegue comprovar no processo evolutivo da adaptação.
Também gosto de não me preocupar com
o look.
Gosto desta liberdade desusada.
Gosto de não precisar de maquialhagem.
Gosto de deixar o cabelo secar sem
secador, sem que com isso me sinta uma bruxa.
Gosto das havaianas.
Gosto das unhas sem verniz.
Gosto de me sentir liberta, pouco ou
nada cuidada e ainda assim, muito bem.
Gosto de não entender uma única
palavra do que estes holandeses hóspedes, trocam entre si.
Gosto de conversar e não ser entendida
pelos colegas de sala de jantar.
Gosto de dizer bom dia e receber em
troca uma saudação incompreensível.
Gosto disto e dos 15 dias que passaram
voando.
Gosto do azul deste céu que no mar
mergulha.
Gosto de ter gostado.
Beijo
Nina