São flores do outono, do triste outono!
Quando ouço falar das cores quentes e vibrantes, dos poentes únicos, da serenidade do ar, da alegria das colheitas, confesso, não sei do que falam.
Outono é, para mim, nostalgia, inércia, espera, uma longa espera, pela chegada de janeiro.
Sim,sim, não me enganei.
Saltaria dezembro, sem problema.
Desde que me conheço, sou assim!
Depois, associam-se tristes, trágicas, irremediáveis perdas que ocorreram nesta estação e, sem saber como, flagro-me na expectativa da má notícia.
Cruzes!
Eu sempre tão positiva, tão viva, deixando-me abater por uma insignificante estação do ano!
Sem saída, ocupo-me e enfeito os dias. Desta vez com um vaso de crisântemos, amarelos, alegres, luminosos. Vieram para esta mesa de apoio, junto ao sofá que elegi como meu. |
É só regar uma vez por semana.
Depois, quando começarem a dar sinais de esmorecimento, é só mudá-las para o exterior, podar um pouco e transplantar para um vaso mais amplo.
Se tudo correr bem, cá estarão, no próximo outono, para enxotar a neura.
Beijo
Nina