Sei que sou uma privilegiada vivendo muito perto do mar!
Habituei-me de tal forma à sua presença que tenho a certeza que me seria imensamente difícil viver longe dele.
Vivo perto , como disse, e da janela avisto-o, ao fundo,
Tenho-o como tão certo, como tão garantido que deixo passar dias, às vezes semanas, sem dele me aproximar, sem o aproveitar... uma pena. um desperdício!
Ontem, com aquele dia de sol esplendoroso , de manhã, fui até à praia, até ao passadiço que liga extensa distância em quilómetros.
Estacionei.
Na orla marítima vários autocarros de turistas - parecera-me franceses - olhando o mar. Se calhar, pensei, para eles, este é um espectáculo único, diferente ou mesmo uma experiência nova !
Certo é que valia a pena olhar, mas de longe, de um local seguro.
É que o mar estava bravo e ameaçador, com ondas alterosas que rebentavam na praia com imensa violência.
Há quem arrisque e se aproxime, há quem pratique o turismo da catástrofe, como já ouvi chamar-lhe ... |
É que a segurança é enganadora e ondas desgarradas, fortíssimas, já este ano fizeram vítimas ... |
Quando caminho junto ao mar tenho bem presente as precauções a tomar . Assim sendo, a caminhada transforma-se numa actividade revigorante para o corpo e para a cabeça. |
Sem trânsito, sem bulício, sem pressa, envolvida pela voz do mar e fustigada pelo vento, termino a caminhada com as hormonas da felicidade na sua plenitude.
É uma sensação boa que perdura pelo resto do dia.
Por isso me considero afortunada, gozando deste SPA natural, mesmo aqui à porta.
Beijo
Nina