Depois da maratona de ontem, na cozinha, após um íntimo e tranquilo jantar, a seguir a um almoço festivo, a festa acabou.
Como tudo na vida, o Natal , apesar do seu carisma sagrado, não tem como escapar ao transitório.
Apesar de exigir investimento de tempo e dinheiro, de horas de trabalho, esgota-se na sua duração precária.
Este não fugiu à regra, à portuguesíssima regra de montes, montanhas de sobremesas, muitos ovos, muito açúcar.
Incontornáveis, as rabanadas:
Fatias de pão que estagiam numa calda doce, antes de serem fritas, após o que são generosamente polvilhadas com açúcar e canela. |
Os bolinhos de cenoura e bolina, uma variedade de abóbora intensamente colorida . Cozida a polpa, recebe frutos secos picados, mergulha em azeite quente e, de novo, a chuva de açúcar. |
Leite-creme queimado. Come-se todo o ano, mas no Natal, a sua ausência é imperdoável. |
Aletria. Mais ovos, mais açúcar, mais canela! Mais calorias... |
Formigos transmontanos. Outro doce de colher. A base é o pão, enriquecido com vinho do Porto, mel, canela e frutos secos. A soma de calorias continua, implacável. |
Bolo-rei. Não há Natal sem ele. Como companhia uns bolinhos de gemas. Ai, Ai!!! |
Lampreia de ovos. Palavras para quê? Foi um presente (envenenado ...) de Natal. São gemas e mais gemas. |
Ovos? Só caseiros, de gema amarela, ouro puro. |
Ao almoço, aqui em casa, come-se peru recheado acompanhado por batatas doces assadas. |
Um arroz de legumes e passas, faz companhia ao bicho. |
E os brócolos ao vapor, emprestam um ar saudável ao almoço. |
Porém, sejamos realistas, estamos perante um episódio irracional, no que à alimentação diz respeito.
Não seria um almoço de Natal, se não fosse assim excessivo, irracional.
As sobras são imensas e já está tudo no seu devido lugar, embalado , dentro do congelador.
As montanhas de louça, lavadas e arrumadas, deixaram, novamente, a minha cozinha, com ar de minha cozinha. Assim:
Cada coisa no seu lugar. |
Escorrem, brilhantes, limpinhos e, só depois serão guardados. |
Preparemo-nos, agora, para a festa do Ano Novo.
Quanto a mim, será discreta e passada fora de casa, porque, é tudo muito bonito, muito íntimo, muito caloroso e aconchegante, mas ninguém é de ferro.
Beijos
Nina