É o meu refugio. Onde me reencontro. Me reformato.
Fora da época alta, já se sabe.
Quando o espaço é ilimitado e o silêncio audível.
Se, com sorte, encontrar sol aberto, mar manso e amena temperatura, o cenário é perfeito.
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Assim foi. Areia branca, dunas suaves. Tudo em azul e branco. |
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Aqui e ali, uma pincelada de cor garrida. |
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E o mar manso, silencioso ... |
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... tranquilo, embora (ainda) frio. |
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Saindo da praia. Caminhos debruados por flores. Enfeites que assim desabrocham porque a natureza é pródiga. |
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São rosas. Centenas, milhares de rosas ao longo dos caminhos. |
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Ria Formosa. Mar, terra, mar. E as flores, montes de flores. |
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A Ria Formosa é Parque Natural protegido. Percebe-se porquê. |
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E a arquitetura tradicional local não nega a influência árabe.
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Algumas das ruas, homenageiam mesmo poetas árabes, que, em distante época, ocuparam o sul da Península Ibérica. |
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Os detalhes, são assim... rendas em cimento. |
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A vegetação é manto espesso que cobre a vertente até à praia. |
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... assim... |
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Não é o paraíso, mas parece. |
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Um forte (Cacela) observava, em tempos, o perigo que do mar poderia chegar. |
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Hoje alberga uma povoação ... |
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... limitando-se a ser lindo. Como se, ser-se lindo e assim alegrar o mundo, fosse coisa pouca. |
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Camaleões nidificam e crescem neste habitat. Aqui um exemplar, talhado em metal, como ex-libris da terra. |
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O mar azul e plano. Ao fundo, Montegordo, cidade turística, demasiado turística para meu gosto. |
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Parece composição. Mas não. É assim mesmo que a natureza decide manifestar-se.
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Será que os motivos que me ligam a esta terra foram devidamente expostos?
Acredito que uma imagem vale mais que mil palavras.
Será que valeu?
Beijo
Nina