Há 5 meses que não chovia e, então, a seca resolveu parar hoje, quando aqui cheguei.
Contrariando todas as previsões, negando todas as probabilidades, ela ali estava, a chuva, cega, certeira, inclemente, chata.
Avista é linda, mas não deixa de ser uma praia deserta, um mar revolto e um céu de cinzas. |
A voz deste oceano irado não engana. Está revolto e perigoso, embora com uma doce água tépida. |
Um pescador solitário, uma ou outra ave e o troar constante do mar. |
Ao fundo, Natal. Moderna, airosa, toda virada para o futuro, mas, ainda assim, escorrendo água. |
Os 4 magníficos, destemidos, enfrentam a chuva e a fúria do mar. |
Já que não pude vencê-la, juntei-me a ela. Comprei um guarda-chuva e fui passear. |
A ironia deste anúncio proclamando BRASIL TROPICAL foi vista assim como piadinha de mau gosto. E a chuva que não parava ... |
Lá ao fundo, o Morro do Careca adivinha-se através da cortina de chuva. É a zona mais tranquila e segura em termos de mar. Porém, não hoje! |
O artesanato do costume, nada de muito interessante. E, até para comprar, é preciso clima. Hoje o negócio está fraco! |
Consultei mapas, meteorologia, previsões, falei com os locais, pedi palpites e ... nada.
"Não é costume ...só em Maio é que chove ... se ventar para a chuva ... blá-blá-blá-blá!"
Ponderei antecipar o regresso, não desfazer as malas, bater o pé, pedir indemnizações, fomentar revoltas, iniciar uma greve ... que sei eu?
Afinal, conformei-me e alimentei a esperança.
Amanhã o sol brilhará.
(Desenvolvimento no próximo episódio)
Beijos,
Nina