... nasceu chuvoso, cinzento. Caminhar junto à praia, nem pensar.
Afastados ténis e roupa desportiva, ataviei-me para ir tomar um cafézinho e ler os jornais diários num local confortável.
Como não está frio, optei por um conjunto bem fino, seguindo o esquemas das sobreposições em tons pálidos, numa paleta muito explorada nos filmes ingleses cuja acção se desenrola no verdejante Country.
É a paleta das não cores, dos brancos e beges em variações múltiplas.
Nada novo, nada recente, tudo usado e mais que usado. |
Colares e fios, sempre eles, atores de relevo no resultado final. |
A tarde seria de costura.
No meu mundo verde, cogitei novidades. |
Porém, um fracasso absoluto viria a ser o resultado da tarde.
Foi irritante e frustrante.
Saí para espairecer e esquecer.
Vim falar com as plantas,
... cheirar a perfumada hortelã ... |
... espreitar a pujante Physalis ... |
... atrever-me a antever gordas abóboras ... |
... confirmar o crescimento das maçãs ... |
... mergulhar no colorido das hortênsias ... |
Foi por pura distração que ocorreu o fiasco!
Decidira reproduzir em tecido este cesto que, na bancada da minha casa de banho, acomoda diversas embalagens. |
Seria uma réplica deste cestinho em tecido... |
Só que, por distração, cometi um erro grosseiro que pôs tudo a perder.
No momento em que se transforma o saco em pacote de leite, conforme as indicações de Cinária Mendes , errei e o saco virou trapo e não cesto.
Já arrumei tudo, já me dediquei a outras causas, já sei como não errar e, na próxima tentativa o êxito está garantido.
Acho que quando ocorre um desastre, o melhor é manter a distância, deixar a poeira assentar e regressar somente quando a vontade surgir.
Entretanto, continuo às voltas, no carroucel que é esta almofada, brincando com a sucessão das cores.
Esta antecipação, pode e deve ser alterada ao sabor dos meus humores. |
Enquanto isso, a flor gigantesca continua a crescer. |
Beijos
Nina