De agulha em punho, costuro. Não costuro, dou uns pontos. Pensei que seria tarefa monótona, mas não. É até bastante relaxante.
E, no entanto, tenho duas máquinas de costura. Uma, foleiríssima, de origem chinesa que, ainda muito nova, começou a dar problemas, desmotivando a quem nada motivada estava para a costura. No caso, eu. Era uma dor de alma de agulhas que se partiam, de fio que rebentava ... enfim, pura sabotagem aos meus intentos.
De modo que a substitui. Numa das idas a Inglaterra, decidi-me pela compra de uma Singer. Com ela a minha relação com a costura experimentou significativoa avanços.
Só que, ultimamente, as coisas descambaram e vi-me obrigada a tratar-lhe da saúde, isto é, entreguei-a a um técnico para que a reparasse.
Entretanto chega o Covid 19.
A máquina far-me-ia jeito e companhia. Mas está no hospital, encafuada em loja encerrada.
Entretanto fui contactada para a ir resgatar. Mas como? Como quebrar a quarentena? Impossível.
Daí que voltei às origens e de agulha em punho termino uma almofada (fronha) inacabada que, em pedaços, me estragava o visual da sala e me mexia com os frágeis nervos.
Informo que esta barra em crochê foi comprada (a metro) na feira. Palpita-me que seja obra chinesa. |
Tenho utilizado este remate em tolhas e fronhas. O efeito é ingénuo mas agradável - e ninguém diria que foi, provavelmente, produzido numa máquina. |
Está quase pronta. E no serão desta noite ficará concluida.
Bom serão!
Beijo
Nina