... mas às vezes, apetece-me fazer a caminhada diária junto ao rio Douro.
Sobre o rio, existe um passadiço destinado aos caminhantes, que, olhos postos nas águas, deixam que o pensamento viaje.
Pena, é que ao lado, os automóveis não cessem de passar.
Assim, entre caminhar por entre dunas, no areal de Leça que se estende até Angeiras, onde, apenas o som das vagas se faz ouvir, num fundo de praia deserta, e aqui, com o Porto velho, na outra margem e as águas verdes e profundas do Douro correndo a nossos pés, o meu coração balance.
Trata-se de privilegiar a vista ou o ouvido.
E, sem sombra de dúvidas, junto ao Douro a paisagem é avassaladora.
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No local onde, em tempos idos, quando o Douro era navegável desde a Foz até Vila Nova de Gaia, existiu um cais de aportagem para navios de grande calado.
Com o assoreamento da barra, os navios deixaram de entrar no rio e o cais extinguiu-se.
No seu lugar nasceu um núcleo de restaurantes para todos os gostos e predileções, bem como um cais para barcos de turismo que transportam passageiros, rio acima, até à fabulosa região do Douro Vinhateiro.
Num pequeno largo encontra-se exposta esta estranha peça que, suponho, estaria implicada na destilação de bebidas alcoólicas. |
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Os restaurantes, construídos de raiz, têm um aspeto muito moderno e convidativo. |
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Caminhando em direção à foz do rio, aparece o local onde, outrora, eram construídos barcos.
Atualmente, realizam-se reparações nos "rabelos" réplicas dos barquinhos que, descendo o rio, desde a Régua, transportavam ,em pipas, o vinho que seria tratado e armazenado nas Caves do Vinho do Porto, localizadas, na margem de Vila Nova de Gaia.
Atualmente, são apenas elementos decorativos que chamam a atenção da multidão de turistas estrangeiros que por aqui circulam. |
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Ponte D. Luís I , com os seus dois tabuleiros.
O superior é apenas utilizado pelo Metro, enquanto que, no inferior, circulam veículos automóveis e peões.
Num plano mais recuado, a Ponte do Infante. |
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O rio encontra-se, tristemente poluído.
Ainda assim, subsistem algumas espécies de aves marinhas.
Ouvi dizer que, junto à foz, a poluição das águas interferiu de tal modo com a fauna, que os próprios peixes, num gesto desesperado de sobrevivência, se tornaram hermafroditas.
Será? |
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Um destes dias, vai desaparecer esta ruela que, em escada, se desenvolve não sei para onde.
Num destes dias, um qualquer expedito construtor civil tratará de apagar este vestígio medieval , das margens do rio.
É pena, não é? |
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Ponte da Arrábida.
Já foi célebre pelo seu amplo arco, um dos maiores da história da engenharia, quando, nos anos sessenta foi construída.
O condomínio constituído por blocos de várias cores é moderno e de excelente qualidade.
Situa-se na margem direita do rio, no Porto, portanto. |
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Não gosto particularmente de aves, de um modo geral, não gosto de bichos com penas. Abro, porém, uma excepção para os patos.
Soberbos e dignos na sua absoluta autonomia. |
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Uma das réplicas dos antigos "rabelos" circula sob as pontes.
É o cruzeiro das pontes! |
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A minha cidade!
Tem um velho casario, tem o cinza imponente do granito, tem ruelas e avenidas e tem um casal apaixonado. |
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Imponente, a Sé Catedral.
Ao lado, o Paço Episcopal. |
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Na cervejaria que mostrei na primeira foto, ousei, pela primeiríssima vez, entrar e almoçar:
Arroz de Tamboril com Gambas!
Não me arrependi. |
Verifico agora que escrevo numa semipenumbra.
O dia está a acabar!
Como voou!!!
Tenham uma feliz, cheia e proveitosa semana.
Beijos
Nina