É isto!
A bagunça total!
Despejar o quarto, retirar cortinas e estores, enrolar tapetes, desmanchar móveis, cobrir o pavimento com plástico e suspirar.
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Não quero ver. Não quero ver as pintas de tinta que, apesar do plástico, salpicam o soalho. Não quero ver o meu lindo corredor de tábua corrida com pegadas de poeira, como se uma manada de bichos em fuga desordenada o tivesse pisado. Não quero ver! |
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O pintor é esforçado e ligeiro. Ainda assim, não sobrevive sem me chamar cada 5 minutos. Decisões, decisões, decisões! |
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Tudo começou às 8 da manhã! Móveis desmanchados e transferidos para a garagem, onde serão pintados. Grande parte da manhã escoou-se nesta atividade. Depois, passou-se à acção propriamente dita. E aí acalmei! O azul das paredes em contraste com as madeiras lacadas de branco funciona na perfeição. Este quarto ficará pronto hoje. E lindo! |
Mas, o pior, mesmo, está para vir.
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Será necessário pintar esta porta. Primeiramente, contudo, há que remover a tinta velha. E o lixo chove. E agarra-se aos pés, viajando por toda a casa. Já varri esta sujeira uma dúzia de vezes. Mas não acaba. Insiste em reaparecer, multiplicando-se até ao infinito. |
Quem me mandou meter-me neste sarilho?
Exausta, só de olhar, anseio pelo fim do tormento.
Beijo
Nina