Mostrei-a, de relance, ontem.
É um templo curioso cuja construção remonta ao ano de 1686.
Curiosamente, é o único conhecido, construído de costas voltadas para o mar.
Terá sido, inicialmente, um templo de culto pagão que, posteriormente foi devotado ao cristianismo.
Murmura-se que, ainda hoje, quando a noite cai, aí se praticam misteriosos trabalhos de feitiçaria, comprovados pelos vestígios de velas, pela manhã, encontrados no local.
À luz do dia, a devoção é claramente cristã e, aí mesmo, se realiza a romaria do Senhor da Pedra, com início no domingo da Santíssima Trindade, prolongando-se as festividades até à terça-feira seguinte.
Pessoalmente, nela vejo apenas um templo lindo na sua simplicidade, ingenuidade e localização privilegiada.
Em casa, possuo uma aguarela produzida por um dos maiores aguarelistas portugueses, António Joaquim, amigo de longa data que, num gesto de grande generosidade ma ofereceu:
O artista captou a magia do local, o inesperado surgimento de uma capelinha na areia, implantada em rochedos, beijada pelo mar.
Aí assisti e participei num casamento memorável:
-O meu!
Beijos
Nina