Do que eu gosto mesmo é de paz e sossego.
Sei lá, tenho preguiça, acho que é a razão fundamental, para fugir de confusões e confrontos.
Devo, portanto, concluir que, mais do que pacifista, sou preguiçosa.
A que vem esta confissão?, perguntarão, ao que eu respondo narrando um episódio absurdo que , este manhã, literalmente me abalroou.
Encontrava-me na fila da caixa de um supermercado, sem carrinho de compras, sem cesto de compras, sem nada. Só eu e dois pacotes de couve destinadas a confecionar Caldo Verde.
A fila era longa e lenta e chata, como são todas as filas longas e lentas,e encontrava-me perdida nos meus pensamentos, alheia a quem me rodeava.
Era uma daquelas filas únicas que gradualmente se fraturam à medida que as caixas registadoras vão ficando livres.
Impaciente, mas tranquila, seguia no passinho de formiga que o andamento impunha.
Acordou-me a voz de uma funcionária que, vinda das profundezas da loja, ultrapassou a fila longa e lenta, dirigindo-se a uma caixa até então encerrada, ordenando:
-Por ordem, na nova caixa!
Repito, "por ordem".
Estremunhada pelo súbito despertar, dirigi-me para a nova caixa e, ainda que estremunhada,consegui perceber que fora ultrapassada indevidamente.
Não é que seja grave, porque não é, é apenas um indício da educação dos meus semelhantes que me confrange e, por isso, pareceu-me pedagógico referir o atropelo.
A infratora, uma coisa minúscula que mal me chegava ao cotovelo, em bicos de pés, numa fúria mal contida, deu livre curso à sua indignação, aos gritos, baseada em nada, porque, a bem dizer, certo, certo, e o que lhe dava mesmo jeito, era que eu não existisse, reclamava testemunhos, insinuava ameaças, agressões físicas, sei lá que mais...
Foi, então, nesse momento dramático, que despertou o Kung Fu que dorme no meu mais profundo ser.
Com um golpe de mestre,disparei um pontapé letal, acertei-lhe na cabeça, torci-lhe o pescoço, revirei-lhe os braços e até lhe puxei os cabelos oleosos, limitando-me, para tal, a ignorá-la, brindando-a com um olhar de RX que torna invisíveis as coisinhas menores, ensopando-a no aguaceiro do meu soberano desprezo.
Foi lindo!
A coisinha menor ficou ali, estatelada, estupefacta, desarmada, perante as armas mortais que são as minhas reações.
Desconfio que ainda la está, exangue, em estado semi-comatoso, entregue à sua devastadora frustração.
Bem feito!
Quem mandou acordar o Kung Fu, quem?
Beijos
Nina
Sei lá, tenho preguiça, acho que é a razão fundamental, para fugir de confusões e confrontos.
Devo, portanto, concluir que, mais do que pacifista, sou preguiçosa.
A que vem esta confissão?, perguntarão, ao que eu respondo narrando um episódio absurdo que , este manhã, literalmente me abalroou.
Encontrava-me na fila da caixa de um supermercado, sem carrinho de compras, sem cesto de compras, sem nada. Só eu e dois pacotes de couve destinadas a confecionar Caldo Verde.
A fila era longa e lenta e chata, como são todas as filas longas e lentas,e encontrava-me perdida nos meus pensamentos, alheia a quem me rodeava.
Era uma daquelas filas únicas que gradualmente se fraturam à medida que as caixas registadoras vão ficando livres.
Impaciente, mas tranquila, seguia no passinho de formiga que o andamento impunha.
Acordou-me a voz de uma funcionária que, vinda das profundezas da loja, ultrapassou a fila longa e lenta, dirigindo-se a uma caixa até então encerrada, ordenando:
-Por ordem, na nova caixa!
Repito, "por ordem".
Estremunhada pelo súbito despertar, dirigi-me para a nova caixa e, ainda que estremunhada,consegui perceber que fora ultrapassada indevidamente.
Não é que seja grave, porque não é, é apenas um indício da educação dos meus semelhantes que me confrange e, por isso, pareceu-me pedagógico referir o atropelo.
A infratora, uma coisa minúscula que mal me chegava ao cotovelo, em bicos de pés, numa fúria mal contida, deu livre curso à sua indignação, aos gritos, baseada em nada, porque, a bem dizer, certo, certo, e o que lhe dava mesmo jeito, era que eu não existisse, reclamava testemunhos, insinuava ameaças, agressões físicas, sei lá que mais...
Foi, então, nesse momento dramático, que despertou o Kung Fu que dorme no meu mais profundo ser.
Com um golpe de mestre,disparei um pontapé letal, acertei-lhe na cabeça, torci-lhe o pescoço, revirei-lhe os braços e até lhe puxei os cabelos oleosos, limitando-me, para tal, a ignorá-la, brindando-a com um olhar de RX que torna invisíveis as coisinhas menores, ensopando-a no aguaceiro do meu soberano desprezo.
Foi lindo!
A coisinha menor ficou ali, estatelada, estupefacta, desarmada, perante as armas mortais que são as minhas reações.
Desconfio que ainda la está, exangue, em estado semi-comatoso, entregue à sua devastadora frustração.
Bem feito!
Quem mandou acordar o Kung Fu, quem?
Beijos
Nina
Ola querida..passando para desejar uma Santa Páscoa e para dizer que no meu blog tem selinho para você..
ResponderEliminarBeijos da Bruxinha
Olá,
ResponderEliminarbem...por vezes dá mesmo vontade de fazer KUNG FU com as pessoas!
Mesmoooo!
Bem, já para não dizer que os malditos carros também não ajudam, fojem para os lados e enquanto a roda fica operacional as pessoas vão para a caixa «por ordem!»
; ) e lá se perde o lugar de 1ª!
Aih.
; )
Bjs grandes.
Boa Páscoa
Passando no seu cantinho que adoro visitar.
ResponderEliminarFeliz Páscoa e que tudo de melhor te aconteça depois da Páscoa.
Beijos
Por um curto momento entendi que você tinha deitado porrada na coisinha.
ResponderEliminarPensei comigo: a Nina endoidou!
Depois entendi melhor e ri muito.
Nada como colocar as pessoas no seu devido lugar.
Essas pessoinhas chatas e pegajosas precisam mesmo de um "presta atenção!"
Criaturinha mais petulante!...
Muito bem Nina, gostei de conhecer esse seu lado Chinês kkkkkk!
Voltou lá hoje para conferir se ela não morreu ainda?
Beijos querida, me diverti muito com sua historia.
Ai eu também sou assim, detesto confusões e concordo que a melhor arma é mesmo o desprezo a "coisinhas pequenas" :P
ResponderEliminarBoa Nina!
:)
Ja agora uma boa Pascoa para ti e para a tua familia.
Beijinhos*
Ma sei grande Nina;D
ResponderEliminarBrava!!
Anche io adoro le arti marziali;)))))
Serve sempre conoscere queste discipline;D
Bacioni
Sabry!!
Morri de rir com a fúrio do Kung-Fu.
ResponderEliminarMas, é isso mesmo, Nina. Como vc não deixo passar na minha frente de jeito algum.
E agora vou aprender que posso dar um chute nas canelas ou mesmo uma pisadela nos pés.
A flor de ziper é uma flor de fuxico.
Isto há pessoas e pessoinhas e o desprezo é mesmo a melhor arma para tratar destas últimas. O que seria de nós se não tivéssemos esses momentos Kung-Fu que felizmente só nos passam pela cabeça! :) Boa Páscoa *
ResponderEliminarQuerida Nina, adorei este teu golpe, de artes marciais! Que bem te deves ter sentido no final! ;)
ResponderEliminarVenho anunciar-te que finalmente aderi ao teu repto de um mês sem fazer compras para mim. E já lá vão dois dias!
Beijinhos e boa Páscoa. :)
Minha querida Nina,
ResponderEliminarPor instantes imaginei também o mesmo que a Ivani...depois percebi que a arma usada foi outra, bem escolhida e sensata.
O meu desejo é que tenhas uma Páscoa muito feliz e renovadora,plena de Paz,Alegria e Doçura.
Bjsssss,
leninha
Infelizmente, lidamos com situações assim diariamente. Por vezes, também sinto que se despertam sentimentos menos bonitos dentro de mim. Fico com vontade de espancar alguém.
ResponderEliminarOlá Nina...venho desejar-lhe uma Páscoa feliz com muita alegria e se possível muitos docinhos,com manda a tradição...
ResponderEliminarBJOS................ALICE
Nina as vezes dá vontade de usar esses golpes :) Há gente muito mal educada!
ResponderEliminarBeijinho grande e uma Feliz Páscoa
Votos de Páscoa Feliz!
ResponderEliminarGrata pelo carinho.
Beijo da Nita.
Boa noite! Adorei sua história...gostaria de usar mais meu kung fu e olhar de raio X...sou muito boazinha...e deixo passar muitas coisas...mas vc tava certíssima!
ResponderEliminarQuero te desejar um ótimo domingo, feliz páscoa e muito chocolate recheado de amor!
Bjs
CamomilaRosa
Nina, sei do que falas... aconteceu-me a mesmissima coisa! Não com uma criatura minuscula, mas sim com um homem todo emproado!! Juro, só me apetecia esganá-lo! Só pela atitude, falta de educação, falta de civismo... Infelizmente não tenho os teus dons de kung fu... chamei-lhe tudo, descarreiguei ali toda a energia negativa acumulada, perdendo obviamente a razão pois exaltei-me duma forma exagerada! Todos me olhavam como se eu não tivesse razão nenhuma para estar a barafustar... enfim, uma vergonha! Eu não me controlo no que toca a malcriadice!! Bjs!
ResponderEliminarIUPI! Nina,
ResponderEliminaradorei o que fez e, pode crer, também faço eu! Odeio a falta de respeito da maioria ou, será educação? sei lá, dá nos nervos! Nada como um olhar gélido, congelante! Parabéns.
Beijão,
Lu
Querida Nina
ResponderEliminarNão é que, por um instante, fiquei estupefacta?... logo a seguir vi como tu és uma doce sonhadora!
Amiga... como eu te entendo!...
Às vezes apetecia mesmo pôr essa gentalha na linha... mas também só as fulmino com o olhar.
Uma Páscoa Feliz e obrigada pelo teu carinho, amiga.
Um beijo e um abraço da
Teresinha
Querina Nina
ResponderEliminarPassei para desejar uma Feliz e Santa Páscoa, pra voce e toda sua família.
Beijo
Roseli
Oi Nina, muito bom seu olhar de RX e seu Kung Fu desperto.
ResponderEliminarFeliz Páscoa,
Beijos
Todos os dias pasa algo similar, grrr...
ResponderEliminarmais debemos continuar... Un beijo y Felices Pascoas.
Ah Nina, voce e muito engracada!! Feliz Pascoa.
ResponderEliminargostei muito do blogue :) parabéns!!!
ResponderEliminarOi Nina
ResponderEliminarQue história!
Diante da situação foi ótimo deixar o Kung Fu dar a resposta, adorei!
Vim para lhe desejar uma Feliz e abençoada Páscoa.
Beijos
Maria Luiza
Literalmente, destes um corretivo em alguém? ... Bem, tem gente que pensa que é dona do mundo...
ResponderEliminarFeliz Páscoa!!!
Não coma muito chocolate!!!
abs,
ahahahahahahahah :)
ResponderEliminarNesse momento sinto mesmo muita vontade de dar um kung fu panda em duas pessoas !!!
ResponderEliminarBoa semana, Nina !Feliz Páscoa.
Mas acho que é exatamente isso que todos deveríamos fazer ao nos depararmos com peças como essa. Precisamos romper este condicionamento que temos (falo por mim) de nos sentirmos impotentes e apenas assistirmos criaturas sem noção fazendo o que bem entendem. Não, não! O mundo não é delas! Jamais! O mundo é daqueles que tem o poder do Kung Fu em estado latente na alma.
ResponderEliminarBeijão!
Olá Nina! Em situações semelhantes, fico verde!!!
ResponderEliminarPrimeiro, respondia da mesma moeda, depois vi que por esse caminho perdia a razão. Agora ignoro, ou tento fazer como tu, olho de alto a baixo e só páro quando fixo os pés. Estratégia infalível. Cria uma situação de pouco á vontade para a outra pessoa em questão. Jé experimentei algumas vezes e dá certo (li isso num livro).
Mas tu és uma "senhorita", e portaste-te como tal.
Beijinhos