segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ronda

É uma terra com nome de ato.
Mas é apenas uma terra.
Uma terra espetacular!
Situa-se nas montanhas ao norte da estância de luxo espanhola, Marbella, também conhecida como a Milla de Oro.

Cansada de tanta ostentação, de tanto Rolls Royce, de tantos árabes petrolíferos, eu, que apenas pretendera passar um fim de semana diferente, aqui ao lado, na vizinha Espanha, ao segundo dia de permanência, rumei às montanhas.
Rumei a Ronda.

É indescritivelmente diferente.

No alto, bem no alto, no mais alto possível de uma montanha, foi edificada esta cidadezinha que, outrora, foi, seguramente, de acesso intransponível.

Hoje, 40 Km ao norte de Marbella, usando uma estrada de montanha, chega-se lá num instante.

De longe, parece anónima, sem personalidade.
Porém, estacionado o carro e calcorreadas ruas e ruelas, chega-se ao precipício.
Um precipício com 180 metros, sobre o qual se debruçam, equilibradas magicamente, as habitações.

A maior é o Parador Nacional, lindo, sóbrio, majestoso.
Em bicos de pés, mesmo nas pontinhas, debruça-se sobre o abismo.

Lá em baixo, muito em baixo, um riacho cintila.
Nas vertentes, nidificam aves.
À solta, ao sabor do vento voam pombas.

Dizer que é impressionante, é dizer nada.
Palavras não tenho para descrever o quadro.
Fotos, sim, resmas delas.
Vou mostrá-las paulatinamente, para que sejam saboreadas como merecem, para que o espanto encha os nossos olhos e inunde as nossas almas.
Para que, incrédulos, pasmemos com a simplicidade soberba da natureza.
Deixo uma sugestão, um indício, um apontamento.

Ei-lo, a ponte que atravessa o abismo:






Beijos
Nina