segunda-feira, 10 de junho de 2013

Mais do que gostar de bolos ...

...  de comer bolos, o que eu gosto mesmo é de fazer bolos e de ter em casa bolos recém assados.
Gosto do cheiro.
Gosto de olhar o bolo preparado, num prato bonito, em cima de uma bancada.
Associo a sua presença com a ideia de conforto, de segurança, de lar.
Acho que apenas em casas felizes se preparam bolos.
Abrindo a porta da rua, entrando em casa, sentindo o seu aroma no ar e deparando com a sua presença festiva, tem-se a certeza que ali, aqui, vive gente feliz, resolvida e de bem com a vida.
Ainda que saísse e comprasse a mais sofisticada das sobremesas, não seria a mesma coisa.
O mesmo se aplica às geleias e compotas. Na minha memória, a sua preparação remonta à infância, quando, com todos os vagares se estipulava o dia da marmelada, da geleia e da compota.
Eram dias festivos. Dias perfumados. Dias felizes.
Ficou-me na memória, ficou-me no ADN. Nada a fazer para combater tão forte tendência.

Vai daí que, hoje, segunda-feira, feriado, com céu ainda cinza e chuvinha miúda, o impulso cresceu avassalador.
Rendi-me.
Fiz um bolo.
BOLO DE NOZES!

Receio já ter publicado a receita, no início do blog, quando tinha aberta a Cozinha da Nina.
Se alguém reteve a receita, esta será uma duplicação. Mas que duplicação! Mas que coisa imperdível!


Precisamos de 250g de nozes ...

... que vamos reduzir a pó. Reservamos.

Batemos 7 gemas com 200g de açúcar, energicamente, até a mistura ganhar espuma e ficar esbranquiçada.

As claras...

... serão batidas em castelo firme, muito, muito firme.
Reservamos.

Juntamos as nozes à mistura de açúcar e gemas.
Misturamos de modo a obter um composto homogéneo.

Chegou a vez de ao composto acrescentar as claras.
À mão.
Nada de batedeira.
É bom para os músculos dos braços e impede as bolhinhas de ar presentes nas claras de rebentarem.
Se tal desastre ocorrer, adeus castelo. Adeus bolo fofo.
Repito, à mão, com uma colher de pau, em movimentos delicados.

Despeja-se em forma previamente untada com manteiga e polvilhada com farinha.
Coze durante 40 minutos em forno antecipadamente aquecido a 180 graus.
Confirma-se a cozedura utilizando a técnica do palito!
Desenforma-se.
 Depois de frio, será regado com ovos moles que se preparam assim:


Ferve-se 200g de açúcar, cobertos de água, até atingir ponto de espadana ( a mistura cairá da colher em fitas largas).

Seperaram-se 6 gemas  ( e congelamos as claras, evidentemente).

Logo que o açúcar arrefeça, junta-se as gemas batidas.

Vai ao lume, em calor muito moderado, mexendo sempre até engrossar, mas sem ferver.

Despeja-se sobre o bolo ...


... e enfeita-se com metades de nozes!

Temos um lar!
E uma delícia!
E vontade de pecar!

Beijo
Nina