quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Zaragoza



Continuando em Espanha, partindo de Burgos rumo a Andorra, Zaragoza é paragaem a que já me acostumei, é quase casa.
Fico sempre no mesmo hotel, um Ibis modesto, mas confortável, muito bem localizado e com garagem - exigência de que não abdica o senhor que me acompanha.

Chegámos normalmente a meio da tarde, ainda com sol e rapidamente instalados, atravessámos a velha ponte de pedra que conduz ao coração da cidade.


Atravessámos o rio Ebro e, na outra margem, lá está ela, a fantástica catedral de Nossa Senhora do Pilar.
É tão bonita, tão extravagante, tão majestosa que nunca me deixa indiferente.

A ponte.
É também uma referência.
É peatonal, mas aberta ao trânsito dos transportes públicos - o que acho uma pena!
Em cada extremo, no alto de duas colunas, leões observam-nos.

Quando anoitece, El Pilar, ganha ainda mais encanto com as luzes que a enfeitam.

São torres e abóbadas e mosaicos e flechas.
 É uma sinfonia em pedra.
 De alguns ângulos assemelha-se às mesquitas turcas.
 De outros às igrejas moscovitas.
 Noutros, ainda, apresenta perfis góticos ...
Um deslumbramento!

Visito-a percorrendo as suas alas e corredores, olhando os seus tectos, contemplando os seus altares sempre, sempre  que por aqui passo. E passo frequentemente. Mas não me canso. A visita nunca está completa. Há sempre uma descoberta a fazer.


Na praça que a rodeia é onde tudo acontece. Todos os motivos são bons para sair de casa - pensam e assim agem nuestros hermanos, os espanhóis ...


Ao contrário de nós, portugueses, os espanhóis saem muito, saem sempre. Convivem na rua, nas esplanadas, nos jardins. Convivem velhos e novos ...


Este é também um local de encontro.
Sendo que este é particularmente bonito, um café antigo, romântico, com algumas semelhanças com o "nosso" Majestic.


Tomei um café e olhei. Vi. Observei. O culto do convívio.

Ao acaso, percorrendo o bairro antigo, espantei-me com este "romano", no centro de uma esplanada, no interior de um Shopping ...



Estava frio. Uma noite gélida. Foi tempo de regressar ao hotel seguindo o mesmo percurso ...


De novo e sempre enfeitiçada pela catedral ...

Ao longo das margens, esplanadas. Agora quase desertas, mas ainda assim belíssimas.

A ponte, a velha ponte que os autocarros e táxis desfeiam, à noite, tranquila, tem acrescida graça ...

A zona habitacional moderna cresce ao longo do rio - que seguramente será a zona mais bonita da cidade.
 Além de mais fresca, que Zaragoza sendo polar no Inverno é tórrida no Verão.

Um último olhar.
Uma última despedida à velha ponte de pedra.

 Na manhã seguinte partiríamos rumo a Andorra.

Beijo
Nina