domingo, 22 de novembro de 2015

Poncho/ Capa/ Xaile ...



Tenho visto muito poncho, muita capa muito xaile ...

Numa primeira avaliação nunca foi peça que me tentasse. Achava que ficava demasiado solta, desobediente, escorregando para onde calhava, dando um ar um tanto ou quanto desleixado.
Preferia casacos, gabardines e parkas ...
Até que, subitamente, num repente, tive uma espécie de epifania ... fui, por assim dizer,  iluminada.

Descobri que o dito poncho/ capa/ xaile, poderia ser até bastante confortável se vestido sobre peças mais grossas, como são as camisolas/ blusas de lã.

Essas, entra ano, sai ano, que não as visto para sair à rua, porque, só por si não agasalham e com casaco me deixam apertada, atada,  enchouriçada.

Descobri - a tal epifania - que o poncho/ capa/ xaile, poderia ser a resposta às minhas preces - vestir a bela da camisola/ blusa de lã e sair , "bela e amarela", sem tiritar de frio, desde que recorresse ao poncho/ capa/ xaile.




E, brincando de novo às fashionistas, apresento a combinação de hoje, toda ela dentro da paleta dos tons outonais

Camisa de seda, echarpe e casaco de lã ...

... comprado nuns saldos, lá atrás! Já perdi a conta de quando.
Sei que foi no Corte Inglês de Vigo, por metade, de metade do preço.
Uma excelente compra, um ótimo negócio que, de vez em quando, ainda ocorrem.

As calças antigas da Zara, numa fazenda seca, têm a cor das folhas outonais, não têm?

Os sapatos castanhos com um salto decente, no que à altitude diz respeito ...

... são também da classe dos intemporais.
Confortáveis q.b. vão saindo e circulando de vez em quando.


E o poncho/ capa/ xaile? - perguntarão as minhas (meus) amigas (os) - cadê o poncho?

Pois bem, ei-lo:

Em toda a sua plenitude!

Gosto imenso das cores, também elas outonais ...

... gosto do tecido, uma fazenda fininha que não me aumenta o perímetro ...

E um preço que não dá para nele acreditar, principalmente se comparado com um "irmãozinho" que vi na Uterque e que exibia o simpático e redondo número de 100€.
Este?
Custou metade, de metade, de metade ...
A sério que não sei a quantia exata.
É que a obra de arte veio comigo da Feira de Cerveira onde, assídua, tenho os meus contactos, os meus conhecimentos, onde, em suma,  domino!
Por isso, pago sempre um preço especial, sussurrado no meu ouvido, inacessível às compradoras espanholas, que, mesmo sendo barato, pagam um pouco mais!
Vantagens de ser quase feirante!
Ser colega tens os seus privilégios.

Bom domingo.

Beijo
Nina