quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Pronta!


Encantei-me com uma blusa/camisola que vi no Instagram ou no Pinterest e como estou numa fase disposta à aprendizagem, procurei no YouTube e encontrei a explicação para o ponto, uma série de torcidos com um efeito imensamente giro.

Achei que dada a estação do ano, supostamente quente, não conseguiria levar o barco a bom porto e que apenas no Inverno teria condições para a terminar.
Ainda assim, comprei o fio só para ir treinando o ponto.
Afinal o Verão saiu esta bodega de tempo, com frio, nortada, nevoeiro e chuva, ambiente propício ao tricô.

Modéstia à parte, mas é que ficou mesmo bem.

É favor observar:













Pronta muito mais depressa do que eu imaginava porque trabalhei com agulhas com número acima ao indicado no fio.
Gosto muito!

Beijinhos
Nina


quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Blusinha, lindinha, fofinha de crochê

 Independentemente de ser moda ou não, acho graça às blusinhas de tricô. Blusinhas, disse e repito, porque o tricô tem a irritante mania de não parar de crescer. Sei-o porque já provei na carne o veneno - vai uma pessoa tricotar uma túnica e, à terceira vez que a veste, tem um vestido a tapar os os joelhos. À quinta, tem um traje loooongo. Depois, para resolver esse crescimento endiabrado o remédio é acessível, bastando lavar a peça para que ela retome as proporções para que foi criada. Mas não deixa de ser chato, porque saímos de casa com uma blusa e regressamos com um vestido tocando os calcanhares.

 A sério que não estou a exagerar.




Posto isto, é claro que sou comedida e prudente nos projetos.

Esta blusinha, por exemplo, parece-me linda e inocente sem pretensões a desmedido crescimento, tanto mais que a sua estrutura não o permite.

Se bem repararem é constituída por granny squares, os bons e velhos quadradinhos da avó, que ligados entre si, presos por costuras, não terão veleidades de grandezas. Se gostam, é fazer!

Depois, aquela carreirinha final de pompons dá-lhe uma graça que só ela.

Pessoalmente estou deveras inclinada a iniciar esta proposta -- veio direitinha do PINTEREST.

Se aí por casa abundam restos de algodão, ponham mãos à obra e quem acabar primeiro vem aqui mostrar.

 Vale?


Vou só ali acabar uma manga de uma camisola/blusa cor de rosa que teima em não me sair das mãos.

 A seguir, vou-me a esta linda, inocente e colorida blusinha ,  desafio irresistível.


Beijo

Nina

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

A dona de casa quase (im)perfeita

Durante toda a minha ausência, muito mudou na minha vida, a começar pelas mais comezinhas tarefas diárias que passei a assumir sem ajuda externa - internamente, digamos, que tenho algum (pouco, pouquinho) apoio, mas tenho.
Portanto, tarefas que sempre deleguei, passaram para o meu controlo, o que, nem sequer foi muito mau (a sensação de não haver estranhos dentro de casa é reconfortante ... mas cada um sabe de si!).
A cozinha sempre foi tarefa da minha responsabilidade e pouco ou nada mudou.
As limpezas é que mudadaram em absoluto. Eu, que por medo, deixei de frequentar o ginásio, pratico dentro de portas, se é que entendem o que quero dizer. E nem é muito mau. É acima de tudo uma questão de organização e de disciplina para evitar limpar o que está limpo. Em suma, sinto-me autónoma, ginasticada e moderna. Que mais posso eu desejar?
Neste contexto, comecei a seguir obsessivamente sites sobre gestão doméstica, aprendi truques, apontei dicas, abasteci-me de material inovador e , a dizer a verdade, sinto-me quase "uma competência".
Quase ...
Porque ele há detalhes que me maçam! 

Por exemplo ...




As portas de vidro da cabine do duche!

É de mim ou são mesmo chatas?
Para apresentarem o aspeto cristalino que se lhes exige, não dispensam limpeza diária após cada utilização. Não! Exigem spray anticalcário e o diabo a quatro. 
Sim ou não?
Sou eu que não domino a técnica ou é mesmo incontornável a operação limpa vidros/ anticalcário?
Help! Help me! 
É que estou quase a utilizar outro duche com cortina!
De certeza que existe um método mais simples para deixar a coisa apresentável.
Vamos lá conversar.
Sou toda ouvidos!

Beijo
Nina

sábado, 7 de agosto de 2021

Sábado, dia de coisas boas

 O meu dia é o sábado. 

Se coisas boas me estão reservadas, ser-me-ão entregues num sábado seja uma alegria pueril, seja a chegada grandiosa de um D. Sebastião, que, com ou sem nevoeiro, ocorrerá num sábado. 

Para ser bom, de tão especial, nem precisa de qualquer ocorrência. 

Ser sábado já lhe basta a garantir as mais deliciosas 24 horas de toda a semana.

E hoje é, está a ser sábado.

Tive estrelinhas e sininhos, passarinhos a cantar, vinho branco gelado e peixe fresquíssimo num almoço reencontro. Com amigos do coração, afastados desde o início da peste. Não abracei nem beijei. Ainda não. Mas a luz inundou a nossa bolha, deu brilho aos olhos, música à conversa e a proximidade foi uma prenda preciosa.

Tinha que acontecer num sábado.

É aproveitar, porque até ao fim do dia todos os milagres podem ocorrer.

Imprescindível, porém, esta desmesurada fé . Igualmente a vontade firme, já que, não duvido, fé e querer movem montanhas. Eu aqui a comprová-lo, degustando a mais pura felicidade. 

Ninguém me convence do contrário - as melhores coisas do mundo só podem acontecer ao sábado.

Feliz sábado.

Beijo 

Nina

Talvez de volta

 Foi no fim de Abril que publiquei o último post, quase em jeito de despedida. Fechei para mudar de ares. Andei por outras paragens, encantei- me com o Instagram, com a variedade de temas, com o imediatismo da interação, com a aparente economia de tempo, onde os comentários se reduzem a um toque no ❤️, quando muito, a um sucinto comentário. São inegáveis vantagens do Instagram. Mas, falta-lhe conteúdo, calor humano, alma. 

Bem sei que o mesmo pode ocorrer com os blogues, que também eles podem  pecar iguais pecados, são porém excepções. Quem se dispõe a cumprir o ritual da escrita, verte na página em branco muito de si, sentimentos, experiências, ensinamentos e, se tivermos sorte, poderemos descobrir textos admiráveis, deleite  estético em forma de escrita.

Temos portanto a situação em que me apetece voltar. Não surgiu de repente. Anda a atazanar-me há tempos. Dou por mim com vontade de escrever. Flagro-me a espreitar escritas alheias. São muitos sinais. Sinais que aprendi a não ignorar.

Agora deveria estar profundamente adormecida,mas, como é evidente, não estou. Cansada, sim, mas inquieta. Coisas que escolhem a noite para ganharem forma e uma força que na verdade não têm. Quando assim é, aprendi que perderei a luta se insistir permanecer na cama, no escuro. Toca a levantar e ocupar a mente, toca a cansar os irresolúveis problemas, seja lá como for. Normalmente com a leitura. Hoje, com a escrita. Eis-me pois aqui.

Pretendo que este texto seja apenas um toc-toc nas vossas portas, um olá, um estou aqui. Estou bem. Com saudades. Com vontade de voltar. Com assuntos para partilhar. Assuntos aos montes. A vida mudou tanto! Temos que conversar.

Se ninguém me ler, não estranho, não me ofendo, na verdade, não me importo. De momento escrevo essencialmente para mim. Treino-me, exercito-me, até ficar minimamente em forma. Quase vítima do clima Olímpico. Ter sentido vontade, necessidade foi o primeiro passo. Estou certa que regressei.


Beijo

Nina