sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Uma espécie de patchwork

Por aqui o tempo continua uma desgraça com chuva miudinha, frio e nevoeiro. Só é bom para ficar em casa, um luxo para quem pode.
Em casa, agora que os invasores desapareceram e tudo entrou de novo nos eixos, “ta-se bem ...”
Apetece fazer bolos, ler, assistir a séries e filmes, tricotar e costurar.
Eu não sei costurar. E não é falsa modéstia, não senhora. Queria eu, mas não sei mesmo. Tal não me impede de me aventurar no mundo dos panos, agulhas e linhas e, no meu currículo constam umas coisinhas de que muito me orgulho.








Já a tinha mostrado . Foi o resultado de uma inúmera quantidade de quadradinhos de tecido, ligados por faixas brancas - essa é a parte divertida do projeto. O mais penoso foi construir a colcha, utilizando uma espécie de manta térmica que lhe dá corpo. Isso exige paciência, pois terá que ser feito manualmente ( experimentei a máquina de costura e resultou quase em desastre).

Hoje, neste dia feio, olhando a cama, senti uma súbita vontade de repetir a experiência.

Vou sentar- me ali.
Vou ler.
Meditar.
E esperar que a vontade passe.

Beijo
Nina 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Tudo pronto

Ao fim de uma semana que pareceu uma eternidade, hoje demos por encerradas as hostilidades que é como quem diz, tenho a casa pronta.
Tudo limpo, tudo arrumado.
Paredes e tetos impecáveis, madeiras brancas lacadas! Muito agradável.








Reorganizei e  compus um canto todo em azul.
Não me canso de olhar e voltar a olhar.

Vou olhar de novo.

Boa noite.
Beijo
Nina 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

A minha alegre casinha


Tenho uma estranha ligação com “obras”, assim tipo amor/ódio.

Explico:




Ando eu, muito sossegadinha, no ramerrame dos dias, curtindo o meu espaço, o melhor local do mundo, com conforto, qualidade de vida, prazer estético para os olhos, quando, do nada, emerge um desassossego, uma inquietação que, aos poucos se materializa. É aquela parede, aquele estore, a iluminação, ou o pavimento... de repente, a implicação toma forma com uma força tamanha que me deixa sem saída. Tenho que agir. Atuar. Eliminar o “irritadiço”. Fazer obras.




Converso com o "meu" especialista na matéria, combinámos datas, recebo orçamento e começo a operação obras. Há que guardar toda a traquitana não vá o diabo tecê-las . Retirar quadros. Enrolar tapetes. Eliminar cortinas e reposteiros. Uma trabalheira insana.


Depois, na data prevista, chegam os entendidos (sempre na data prevista. Por isso amo o meu especialista).
Revestem o pavimento com cartão, isolam rodapés, cobrem com plástico móveis e sofás.
Até parece simples! E eficaz! Não parece?
Mas não é!
Há sempre uma maldita poeira que se insinua, invadindo os mais impensáveis recantos.
E há estranhos circulando, apesar de discretos.
E há música no ar. Sim! Música! Porque esta gente só trabalha com fundo musical.
Por isso odeio obras.
Na mesma medida em que amo os resultados.

Dentro de dias (poucos) tudo estará terminado.
E lá vamos nós remontar a casa, sabendo antecipadamente, que dentro de meses, a atração pelo abismo, mais forte do que eu, me lançará em nova aventura/suplício.

Beijo
Nina

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Caixinhas



Não posso falar em coleção. Digamos que junto caixinhas de porcelana e o único critério é gostar delas.
Em feiras de velharias e nas lojas de caridade a que já me referi é onde as encontro. Nunca as comprei em lojas. Essas  existem aos milhares. Essas não me interessam.

Estas duas vieram de Inglaterra, no princípio do mês e lá, onde quase tudo custa os olhos da cara, paguei 4 libras por cada uma.

Estas vieram de França, encontradas durante uma viagem de carro. Nessas ocasiões, sem horários, deambula-se um pouco ao acaso e , além de se entrar no espírito dos locais, descobrem-se tesouros.

Mais três delicadas caixinhas e ainda um açucareiro.
Estão no meu quarto e nelas guardo pingentes, colares, pulseiras e berloques, sem nenhum valor material, mas que apimentam a indumentária e que não dispenso.
Tenho uma forte relação de afeto com as minhas caixinhas. Não permito que lhes toquem. São preciosas, únicas e minhas.

Tinha prometido que as mostrava.
Promessa cumprida.

Beijo
Nina

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Uma desgraça nunca vem só ...

Pois não?

Não sei se foi provocado pela febre, se pelo esgotamento das noites mal dormidas, se, apenas  estava desatenta ... não sei! O que sei é que consegui desativar o Ipad! Pediam-me um código. Introduzia o código. Dava erro. Repetia, a princípio 1 minuto após, depois 15 minutos, a seguir, 1 hora. E eu insistindo sempre no mesmo código já que não tenho outro. Até que, bloqueou.
Teimoso. Implacável. Casmurro. Deixou-me na prancha. Ainda tentei com sucesso recuperar ID e senhas, mas , nada. Empedernido o bicho empancou.
Resultado, hoje levei-o à loja para ser reformatado (????).
Estou, neste momento, usando o PC.
Mas prefiro o Ipad que me dá liberdade de movimentos.
Amanhã está pronto.
Custou-me a brincadeira 40€.
Nunca mais me vou enganar. Que são enganos carotes.

Beijo
Nina

domingo, 12 de janeiro de 2020

Ponto da situação

1 - Cinco dias volvidos, acordei hoje sem febre;

2 - Tusso uma tosse seca, de cão ou de esgana, como é conhecida esta tosse no mundo da ciência;

3 - Dormi com uma cebola cortada ao meio, pousada na mesa de cabeceira. Duas, para ser rigorosa, já que o cavalheiro com quem compartilho o leito (e me passou a gripe) tosse igualmente. A ideia da cebola foi minha. Recusei inúteis discussões. Se a cebola pára a tosse, com cebola dormiremos. E dormimos (mas a tosse persiste).

4 - Ao fim de 5 dias com temperatura a atingir os 39,5 (pensei seriamente que morria) hoje, finalmente, tomei banho. Um banho quente, longo, demorado, sem a menor preocupaçção com o facto de a água ser um bem precioso;

5 - O cabelo, mais ensebado de sempre, colou-se-me às têmporas e, de repente, pareço estar careca. Não o lavo há 10 dias - muito bom é ele!

6 - Sobrevivi. Apetece-me fazer coisas - a saber - ir ao cabeleireiro e arranjar as unhas. Estou fina. Pronta para outra. Que o diabo seja surdo!

Muitos beijinhos e abraços - acho que matei o malvado do bicho e o perigo de contágio cessou.

Nina

sábado, 11 de janeiro de 2020

Lojas de caridade





Em Inglaterra a vida é cara, as casas, os colégios privados, os restaurantes e, mesmo as lojas globais, como a Zara, são substancialmente mais caras que em Portugal. É chocante pagar 10 libras por 4 cafés, mas é isso mesmo que se paga.

Por outro lado, as compras de supermercado diferem pouco dos nossos preços.

Aprendi, entretanto, que existem lojas com preços que são verdadeiras pechinchas, onde se encontra vestuário, malas e sapatos, muitos livros e artigos para casa. A roupa não me interessa, mas livros e artigos para casa nunca são demais.

Desta vez encontrei por 25 libras um conjunto de três peças em casquinha.
Estava feio, manchado, imprestável.
Ainda assim arrisquei e depois de limpo com o produto próprio para pratas, ficou uma beleza.

Neste momento repousa num tabuleiro com garrafas, mas, em breve, ganhará espaço numa mesa de abas oferecida por uma amiga.

Tive muita sorte, não tive?

Acrescentei ainda duas caixinhas em porcelana para a minha  coleção, mas isso ficará para um próximo post.

Nada de beijos, que continuo com 38.5 ...

Nina

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Para começar o ano ...

Para começar o ano, uma gripe, uma senhora gripe, com direito a tosse, dores musculares e temperatura sempre acima dos 38graus.
Começou a manifestar-se e  Inglaterra, com o pai desta família a espirrar feito um desesperado. Por isso, a última noite lá dormida se transformou em vigília e sobressalto.
Não cheguei a preocupar-me porque me vacinara como sempre faço depois de há vários anos me ter sido diagnosticado “um fundo asmático.”
Porém, este bicho que nos atacou dispunha de armamento sofisticado, o miserável. E o resultado é este:
Pantufas.
 Meias de lã.
Tenho muito frio e também muito calor.
 Estou ligeiramente surda.
Sem ânimo e nenhuma paciência.



Antibiótico, nem pensar, que isto é vírico.
Recorro aos anti -inflamatórios que lá vão conseguindo apaziguar o desconforto.
E espero.
Olhando vazio..

Trouxe um livro que há muito procurava.Foi uma imensa alegria tê-lo encontrado por 9,9 libras.
 "Atree grows in Brooklyn" - li meia página que a concentração desaparece à medida que a temperatura sobe.



Mas se nem o livro me anima ... a coisa é preocupante.


À cautela nada de beijos, 

Nina

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

2020, aqui vou eu!

Lá entrei no 2020 na melhor companhia possível, com as minhas pessoas, as minhas referências, as minhas metas.
Evidentemente que foi a melhor entrada de ano possível, porque, nesta altura do campeonato - o mesmo será dizer, nesta fase da vida  - exijo nada e peço muito pouco. Companhia nos momentos chave, está para lá de bom. Nada mais quero. É, seguramente, o forte instinto de mãe galinha que, já tendo conquistado o que me interessava conquistar no plano material , exijo apenas e somente o absoluto em termos de afetos e sentimentos.
E assim, todos juntos, jantámos, esperámos as 12 badaladas, atabalhoadamente engolimos as 12 passas, tentámos sublinhar votos, trocámos abraços e beijos, mais champanhe, mais abraços, mais gargalhadas. Foi assim, de peito aberto, sem medo, invencíveis, invulneráveis, quase imortais - que o que importa é o aqui e o agora - foi assim, dizia, que mergulhei no 2020. Sem nada na manga, Sem "ses". Sem "mas". Sem medos. E - garanto - não há mergulho que se lhe compare. Esta entrada de ano está vivida, sólida na coluna dos créditos,  e intocável, impossível beliscar. Esta já ninguém ma tira.
Seguiu-se mais uma semana com a ninhada, comidinha de mãe, um exagero de todos os exageros.
Comecei hoje mesmo a dieta.
E ainda nem  assentei bem os pés em casa. Mas a dieta impõe-se. Sei do que falo.
Cheguei muito cansada. O avião partia às 10:00, exigindo  2 horas de antecedência + 1 hora de percurso + 1 hora para ficarmos prontos = madrugada às 6 horas.
Dormi durante todo o voo. Em casa, desfiz malas, enchi máquinas de lavar, reguei plantas e aguardo que a noite caia. Preciso de uma boa noite de sono.

Feliz 2020.
Aproveitem cada momento.
Cultivem a felicidade.
Habituem-se, permitam-se ser muito felizes.
Obrigada por todos os recadinhos a que não tive hipótese de responder.

Beijo
Nina