domingo, 30 de dezembro de 2018

Quase fim de ano

Tenho andado num virote, sem rotinas, sem tempo para nada, nem para o meu amado blogue.
Vou deixando umas fotografias no Instagram, uns apontamentos no Facebook e nada mais.
Em minha defesa prometo que vou contar tudo, ou quase tudo.
Deixo,entretanto votos de um feliz 2019, que os vossos desejos se concretizem.
Por mim, não peço nada, a não ser viver plenamente cada dia, aceitando o que a vida me trouxer.
Sejam muito, muito felizes e muito obrigada por me terem acompanhado (e aturado).

Beijo
Nina






quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Enfrentando a intempérie


Vivo muito bem todas as estações, sendo que a que mais me aflige é o Verão quando ocorrem temperaturas tórridas que me derrubam. Ainda se estou na praia, tudo bem, que para isso temos o mar e a brisa marítima. Já na cidade, o calor excessivo não me agrada, aflige-me, incomoda-me.
Nas outras estações, adapto-me sem problema. É questão de vestir mais casaco ou camisola/ blusa, calçar botas, enfiar um chapéu e pronto!

Ainda na semana passada, numa sexta-feira gelada e chuvosa, lá me aperaltei e a coisa correu bem.


Foi assim ...

Calças de couro, sapatos confortáveis ...

... camisola/ blusa de lã ...

... casaco de pelo ...

... chapéu na cabeça ...

... e pronto!

Feliz e contente sem me deixar abater pelo mau tempo e pronta para enfrentar o vendaval.

A mala dourada é antiga, mas dá uma certa luz ao conjunto e, sendo espaçosa, é perfeita para a tralha feminina. Gosto muito dela e é das tais peças de que não me vou desfazer nunca.

Suponho que não estarei sozinha nesta preferência - calor moderado, sim, deserticamente quente e seco, jamais. Não me digam que é da idade (pois será), mas nunca, nunca me agradou.
Bom, bom é a moderação. Ou frio, mesmo muito frio, de preferência com neve. Ou mesmo chuva. Que a tudo me adapto. Sem medo.

Beijo
Nina

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Lagar em Eiras



Quando o tempo está péssimo com vento, chuva e frio, quando não apetece sair de casa, quando nada me convence a enfrentar o desconforto, há um argumento que funciona- um convite/sugestão para almoçar no Lagar em Eiras.

Tenho falado repetidamente deste local especial, onde, contrariando a lei de que não se deve voltar aos sítios onde já se foi feliz, eu volto, volto sempre, volto muitas, muitas vezes. Sem medo de me decepcionar. Porque sempre tudo é perfeito - desde a comida, ao local, ao ambiente, à simpatia.

No último sábado registei uns quantos ângulos, tentando captar o aconchego que este Lagar proporciona.


Estamos numa casa rústica e, logo à entrada este banco em pedra ...






É Natal!
E, como se depreende, estamos perante pessoas com preocupações ambientais - a árvore é feita com rolhas de cortiça ...

... tal como esta, em tamanho grande, sobre o balcão da entrada.
Passando à sala de jantar, uma sala envidraçada, cheia de luz, a minha preferida!




O mobiliário é rústico, simples, genuino ...

... sem perder a preocupação estética.

Neste espaço cheira sempre muito bem, graças a Encarna que lidera a cozinha com mão de mestra, de artista.
Isso não posso documentar, tal como não posso documentar a música de fundo sempre presente. Ambos, o som e o odor, fazem parte da alma deste lugar.
Curiosamente, Miguel, o proprietário, o mestre de cerimónias, o rosto deste espaço, tem uma especial predileção pelo Zeca Afonso, o nosso Zeca.

Não surpreende, por isso, encontrar o retrato do cantor - obra de Rixa, o pintor - logo à entrada.

No interior , na penumbra, multiplicam-se as mesas:





... em redor de uma lareira.
Ao jantar - que nunca experimentei - acredito que este espaço ganhe particular magia ...
 Ao fundo, através das vidraças desta porta, o quintal ...


... para onde o Lagar cresce no verão.

Descrito o espaço, o prato novo que em boa hora decidi experimentar:


Salada de perdiz em escabeche ... espetacular!

 Portanto:

- Num destes fins de semana - atenção que o Lagar estará fechado durante todo o mês de Janeiro, reabrindo apenas em Fevereiro - quem quiser uma experência que envolva todos os sentidos ...
não tem que saber - Lagar em Eiras (as coordenadas estão no site).

Nada que agradecer.

Beijo
Nina

domingo, 16 de dezembro de 2018

Bolos, sobremesas, cozinhados ...


Desde muito cedo me interessei (teoricamente) pela culinária, com especial interesse pelas sobremesas. Por isso, lia e colecionava receitas, muitas receitas, que guardava religiosamente no "Meu caderno de Receitas".
Nessa altura, repito, era uma teórica, pura e dura. Mas uma teórica ambiciosa que planeava pôr em prática todos aqueles tesouros. Pus alguns. Poucos. Porque cedo conclui ser inútil diversificar só por diversificar, arriscando surpresas desagradáveis e frustrantes - tive algumas. Muitas.
Por isso, mulher feita, comecei apostando numa variedade restrita de propostas - aquelas que nunca falhavam e só de longe a longe, arriscando em experiências inovadoras.
Para acentuar esta minha tendência conservadora, entrou na equação um elemento decisivo chamado desarrumar a cozinha, com montanhas de louça e uma variedade de ingredientes que pesavam na minha escolha. É que deixar a cozinha virada do avesso acobarda-me, faz de mim uma medricas assustada. Por isso, na hora da escolha, a instauração da bagunça reprime-me sem salvação. Porque se , para fazer uma sobremesa, sou obrigada a enfrentar um mundo de louça, não faço a sobremesa. Ponto.

Portanto, impõe-se ser criteriosa no momento decisivo e valorizar o binómio custo/benefício - como proclamam os nossos gestores. Sei, mais ou menos, do que falam.

Então, pessoas, tenho meia dúzia de trunfos na manga que correspondem às minhas exigências.
Um deles chama-se Bolo de Iogurte, fantástico, maravilhoso, imprescindível para os lanches Invernosos.


Ontem, chegando a casa a meio de uma tarde tenebrosa de chuva, vento e frio, senti o impulso irresistível de tomar chá e comer bolo.
Sem demora, recorri à receita da Bimby que, se executada na maquineta demora menos que nada.
Sem qualquer problema pode ser preparado da forma tradicional.

A receita reza ASSIM




Ingredientes

Instruções

  1. Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte com óleo uma forma de coroa (Ø 22-24 cm aprox.)
  2. Coloque no copo a casca de limão e o açúcar e pulverize 10 seg/vel 10. Baixe com a ajuda da espátula o que ficou na parede do copo.
  3. Adicione os ovos e bata 30 seg/vel 3.
  4. Adicione a farinha, iogurte, o óleo e o sal e bata 1 min/vel 5.
  5. Adicione o fermento e misture 15 seg/vel 5. Deite na forma e leve ao forno a 180ºC cerca de 30 minutos. Deixe o bolo arrefecer na forma cerca de 10 minutos antes de desenformar. Sirva polvilhado com açúcar em pó.

Notas

Pode usar iogurte com diferentes aromas (ex.: café, baunilha, frutos silvestres).


No caso, acrescentei uma mão cheia de passas, mas as variações não têm limite - conservando a receita base, podemos acrescentar fatias de maçã e temos bolo da dita; ou dividir a massa em duas partes, acrescentando a uma delas chocolate em pó - e nasce um Bolo Mármore; ou nozes, ou amêndoas, ou ... o que muito bem calhar

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Sucesso!

Consegui cumprir  três objetivos - dois na Baixa e um na FNAC (de novo ...).
Agora pausa para café, para me animar e enfrentar o trânsito.
Esclareço:
-Nada contra o Natal. Nada. Nem nostalgias, porque aceito sem complicações emotivas que todos um dia partimos e que outros chegam. Pacífico.
- Por outro lado, agrada-me o ritual do encontro, dos jantares, dos almoços copiosos, dos reencontros.
- O que realmente me constrange, me abala, é o excesso, a loucura consumista. Acho triste, deprimente.
Ainda ontem a minha cabeleireira confessava que tinha 40 prendas para comprar.
40?
Serão necessariamente 40 bugigangas imprestáveis. Que lhe custarão o baixo rendimento de que dispõe.
Está certo?
Acho que não!
Mas a máquina está montada. Escraviza.
Não a mim.
A mim só me complica a mobilidade.
A mim que apenas quero um Natal de encontros e reencontros.

Beijo
Nina

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

O meu dia

Neste momento, perfeitamente esbodegada, cheguei a casa e atirei-me para o sofá, tendo - como nos filmes ... - descalçado os malditos sapatos que me atormentam, embora, sem salto, aparentem conforto.
Estoirada, é como me sinto!
E não se pense que produzi, que trabalhei, que dei o litro ...
Nada disso. Posso até garantir que não fiz nadica de nada.
Foi assim:
De manhã, às 10 horas, quando o Shopping abriu, dirigi-me à FNAC para despachar as prendas para os miúdos, os únicos que as recebem. Escolhi rápido e dirigi-me à caixa onde encontrei uma fila monstruosa formada por todos os que, como eu, acharam que na abertura da loja não havia fila. Havia. Esperei que me fartei.
Depois, um café e a derradeira compra, uma caixa de chocolates na Arcádia (exceção a prenda para adulto).
Almoço em casa com toda a dinâmica que exige, incluindo arrumar a cozinha.
Nova saída desta vez para o supermercado.
Fui e desisti por falta de lugar para estacionar - tentarei amanhã bem cedo.
Pausa no cabeleireiro, pouco mais de meia hora para lavar e secar o cabelo.
Regresso a casa. Fila compacta. Arranca e pára. O que demora 10 minutos, levou 45.
Finalmente em casa.
Embrulhei todos os presentes. Aproveitei para destrancar a gaveta dos papéis - metade seguiu para o lixo.
Estendi, de seguida, uma máquina de roupa.
Aproveitei e tirei a louça da máquina.
Tinha fome.
Comi 2 fatias de bolo de iogurte.
Um sucesso!
Um dia em cheio.

Vou ver um filme.
Não me falem em jantar.
Hoje não faço mais nada.
Já fiz!

Beijo
Nina


segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Miramar

Miramar é uma localidade situada no litoral de Vª Nª de Gaia, que há muito não visitava, embora fique pertíssimo do Porto - basta atravessar a Ponte da Arrábida, seguir pela A1 e rapidamente se encontra a A29 que conduz a Miramar. Rapidamente.

Menos rapidamente, mas com um percurso incomparavelmente mais bonito é seguir sempre pelo litoral, junto ao mar.
Para isso basta, saindo da Ponte da Arrábida sair em direção a Canidelo, Praias e pronto, dá-se de caras com aquele mar imenso, quase sempre bravio, sempre perigoso, mas também sempre de uma beleza espetacular.


A nortada cortante presente. Porque, nas praias do norte ou está nevoeiro ou há nortada. Raramente, muito raramente temos dias amenos. Às vezes basta andar umas centenas de metros para o interior para desaparecer o vento ou/e o nevoeiro.
Habituei-me a esta praia. Cresci nesta praia.
Quando comecei a rumar ao Algarve encantei-me com o calor sem vento, mas sinto frequentemente saudades do cheiro, um cheiro fresco e forte a mar ... dizem que são praias com iodo. Não sei. Habituei-me a ouvir sem questionar.


Já em Miramar, uns passos no passadiço.
Na areia, enfrentando o vento gelado, alguns corajosos.

Cruzando o areal, dirigiam-se para a Capela do Senhor da Pedra ...



... um local mágico onde se mistura o divino com o profano.
Durante o dia pratica-se culto católico.
Na escuridão da noite, bruxarias, sortilégios, macumba - dizem que pela manhã se encontram vestígios de  negras atividades.

É uma capelinha construída de costas para o mar e AQUI a informação mais completa.
Para mim é um local especial. Único. Com história. Com a minha história.
Aqui, há uns bons pares de anos, casei.

Beijo
Nina

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Xadrez




Xadrez.
Xadrez em tudo que é trapinho.
Calças, saias, blusas, vestidos... tudo em xadrez.
Nâo há marca que se preze que não inclua o xadrez na sua coleção.



Gosto.
Gosto muito porque me traz memórias da infância, quando, obrigatoriamente todas as meninas tinham pelo menos uma saia “kilt”, com o respectivo alfinete prendendo a abertura lateral.
Era quase uma farda, uma espécie de uniforme que se incrementava subindo a bainha, tendo então um mini kilt.




Hoje não me atreveria com tal modelo, mas, continuo sorrindo face ao xadrez. E aderindo, porque gosto muito.

Há alguns, poucos, anos, quando ainda não grassava esta febre,  comprei uma saia em godê ( será está a designação técnica correta?), quando este padrão não dominava ainda  tudo quanto é loja.
Vi-a na Sfera, gostei e comprei por preço módico.
Usei-a pouco e ficou pendurada no cabide mais que uma estação.
Quando chegava o momento das arrumações, de guardar e substituir o necessário, doava o que me parecia doável, mas a bela da saia de xadrez não. Sacudia, escovava,dobrava e seguia para a caixa esperando vez no próximo Inverno. Porque, como disse, os meus laços com o xadrez são fortes, inquebráveis.

Até que aconteceu.
Este ano voltou o xadrez.
Lindo! Lindo!



E voltei a vestir a saia.
Combinei com a camisola/ blusa bordeaux, botins da mesma cor é sai, alegre e faceira, senhora do meu estilo, que é fruto da minha experiência, que espelha retlhos da minha vida.




Em xadrez volto a ter 12 anos.
Faltam apenas as meias pelo joelho.
Faltam apenas os joelhos esmurrados.

Beijo
Nina

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Tricotando

Com esta permanência forçada em casa, tenho tricotado compulsivamente - enquanto assisto às minhas adoradas séries.
Tem corrido bastante bem, isto é, não tenho detetado erros, apesar do fio em preto,sempre mais propício a provocar desastres.
Se dou conta de alguma malha mal apanhada, desmancho e refaço, apenas essa e não a carreira toda (credo!) com a ajuda de uma agulha de tricô. Desde que aprendi esse truque, aplico-o com excelentes resultados.


De modo que, como ia dizendo, tricoto uma camisola/blusa preta, com manga raglan e toda lisa.
Camisolas/blusas em preto e em branco nunca são demais, porque combinam com tudo e quando, nunca daqueles dias desinspirados,  não se sabe o que vestir, sai um look black total, sem hipótese de errar.

Engraçado como se muda de opinião - não há muitos anos considerava o preto uma cor triste, uma cor de luto, uma cor de viúva e raramente o usava - muito menos em versão look total. Agora, é o que se vê. Gosto imenso, embora, às vezes quebre o rigor do preto absoluto com uma nota de cor, que pode aparecer nos sapatos, na mala/carteira ou numa echarpe ou cachecol.


A frente e as costas estão prontas, faltando apenas o remate da gola.
Deixei as malhas suspensas e só quando terminar e coser mangas, rematarei o decote.

Embora goste muito de golas altas, decidi que vou deixar decote junto à base do pescoço, tricotando separadamente uma gola que quero fofa e farfalhuda e que poderá ser usada com outras camisolas/blusas.
Esta é já a terceira vez que opto pela gola separada e, para meu gosto, resulta mesmo muito bem.

E pronto!
Vou-me à manga (estou quase a terminar a primeira) e voltar aos braços (salvo seja) do inspetor Morse.

Tenham uma feliz noite.

Beijo
Nina


terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Gripe, camisola nova e séries inglesas


Assim tem sido a minha vida desde a última quinta-feira - uma gripe, muitas, muitas séries inglesas e uma camisola/blusa nova.

Adianto que a camisola/blusa funcionou também como remédio para a maldita virose que, além de me derrubar, com fortes dores de gargante e agora, muita tosse, me mexe no ânimo e me deixa desanimadíssima. Cansada, sem mexer uma palha, insone, que a tosse não deixa que o sono se instale, meio deprimida, não largo o sofá.
Tenho assistido a dezenas de episódios, todos policiais, todos ingleses, desde o Inspector Morse, a Midsomer Murder. Todos excelentes. Todos com um pano de fundo fantástico, porque, não há paisagem que se compare à do British Country. Tudo verde, tudo florido, tudo tão encantadoramente tradicional. Adoro.

Para ver tantas séries tenho mesmo que estar doente e permanecer inativa no sofá. Estou. Sinto-me doente, que estas viroses derrubam o mais animado.

Para arejar, sem pôr o nariz na rua, passei pelo Shopping, dei uma volta e encantei-me  ...

... com esta camisola/blusa

É quase um camisolão, por ser ampla, mas não tão volumosa que impeça vestir um casaco.

Raramente me tento, porque, com a minha própria produção, satisfaço as necessidades.

Mas, esta conquistou-me !

Gosto do fio que é fofo e macio (sem pelos irritantes) e gosto do padrão, deste losango gigante.
Em tempos tive uma camisola/blusa toda em losangos. Adorava-a. Era o meu "fatinho de marujo" que não parava de usar. Entretanto sumiu, ou porque se gastou e ficou imprópria para consumo ou porque me cansei dela e a dei para adoção. Não sei. Sei apenas que não resisti a este losango gigante que poderá muito bem servir-me de inspiração para um próximo projeto.
Esclareço que além de linda, a "bichinha" me fez muito bem ao ânimo e levantou a minha decrépita moral.

Vou voltar para o sofá que continua sendo o meu local preferido.
Tenham uma boa noite.

Beijo
Nina