quarta-feira, 15 de maio de 2019

Depois de um intervalo ...

Depois de um (longo) intervalo, eis-me que regresso numa pausa desta azáfama que me tem engolido as horas e os dias.

- Então, que tens feito, Nina? - perguntarão.
Assim, de repente, ocorre-me  perfumadíssimas compotas de morango  e alguma marmelada.
Jardinado!
 Não esquecer a jardinagem (que estou aqui que não posso com dores nas "cruzes", como por aqui se designa essa parte da coluna lombar.)

Vamos por partes começando pelas compotas. 
São incomparavelmente melhores as feitas em casa, sem truques económicos, sem poupanças lucrativas. 
São genuinamente verdadeiras - se no rótulo escrevo "morangos" são morangos que como. Eles, os morangos,agora abundam. Gordos, carnudos, muito vermelhos, mas, infelizmente, com pouco sabor. Dispenso-os como sobremesa. Já em compota, a coisa muda de figura. Sublimes!
Descobri um tipo de açúcar com gelificante (no Aldi) que simplifica absolutamente a tarefa. Nada de horas vigiando a fervura em fogo lento até ser atingido o ponto pretendido. Não! Com este açúcar, numa proporção de 1 kg de morangos para 1/2 de açúcar, a compota processa-se em minutos.
Faço assim:
- Lavo escrupulosamente os morangos em várias águas;
-Retiro os pés e , se excessivamente grandes, corto-os ao meio;
-Na panela (convém que seja alta porque a mistura tende a subir e a verter) disponho fruta e açúcar por camadas;
-Acrescento o sumo de 1 limão;
- Deixo que crie líquido, o que é rápido;
- Levo então ao fogo, mexendo até que levante fervura;
- Baixo  o lume e deixo que fervilhe por cerca de 5, 6 minutos, mexendo ocasionalmente.
- Está pronta!
Pronta para ser enfrascada ou comida quase de imediato, que esta compota -garanto - não corre o risco de se estragar com o passar do tempo - muito antes desaparece - ao pequeno-almoço, à sobremesa, ao surgir da mais leve ameaça de fome - qualquer motivo é motivo para engolir uma colherada.
Dado que o tempo de cozimento é mínimo, os frutos não se desfazem o que acrescenta extra mais-valia ao que já era irresistível pelo perfume, pela cor e pelo sabor.

1 Kg de moragos rendeu quase 4 destes frascos - 2 ofereci, 1 comemos, resta 1





Já repeti a dose, tendo, portanto, mais 4 frascos - meus, muito meus, só meus!


Entretanto, já que estava em maré de compotas, virei-me para a marmelada, embora este  não seja tempo de marmelos. Acontece que tinha cerca 1 kg congelado pronto para ser utilizado. Libertei espaço no congelador- o que não deixa de ser uma vantagem -  e, sem dificuldade nem especial ciência, dei origem a duas grandes malgas de marmelada, limitando-me a pôr a Bimby a trabalhar. 


A receita estabelece 1kg de açúcar para 1 Kg de fruta, + 1 limão descascada sem pevides.
Roubei ao açúcar, neste caso branco, normalíssimo.

No peitoril da janela da cozinha, seca a marmelada, igualzinho ao que via em criança, na casa dos meus pais.

A jardinagem tem  vindo também a comer as minhas horas. Aproveitei os dias de sol para organizar, transplantar, podar, semear, limpar, regar, adubar e tudo o mais que, instintivamente me pareceu adequado.
Quase terminei.
Em suspenso tenho o sistema de rega automático que não trabalha. Espero que seja apenas uma questão de bateria. Vou aguardar sentença do especialista ... (o marido)


Numa janela com sol pleno, coloquei suculentas e aventurei-me na sua reprodução - coisa simples!

Basta espetar uma folha no solo e ...
 Oh! milagre!
A coisa funciona!
Três folhinhas espreitam, recém-nascidas!

Posta ordem na casa, e no decorrer das horas, estarei aqui de novo.
Que aqui é tão bom como a compota de morango, a marmelada e a agricultura.
Ou ainda melhor!

Beijo
Nina