sábado, 5 de maio de 2012

A austeridade!


Essa bruxa malvada está aí, por todo o lado, instalada, ameaçando ficar indefinidamente entre nós, aterrorizando, levando, mesmo os   mais afoitos, a levantarem o pé, a abrandarem a marcha do consumo, porque não se sabe como é que tudo isto vai terminar.
Apesar do cenário negro, a vida continua e todas as manhãs nos levantamos, saímos para trabalhar, convivemos, olhamos uns para os outros.
Ora, tenho para mim que o sentimento que socialmente  nos une é do mais contagioso que existe, sendo que, se negativo se espalha como uma praga.
Bom, bom, era que todos tivéssemos a auto-estima do Mourinho, que, ganhando ou perdendo, não perde a pose, aplicando-nos verdadeiras injeções de ânimo.
Mas não somos, somos apenas o que somos, mas, ainda assim, podemos gerir o que possuímos.
Vem este discurso a propósito das possibilidades de quase cozinhar omeletes sem  ovos, ou parecer bem com o que se tem, seguindo os sábios princípios das não consumidoras.
Não gastar é, portanto, a palavra de ordem, sem que tal signifique que, andrajosas e infelizes, circulemos entre os nossos pares.
Com uma roupinha secular ( esta tem muitos anos...), é facilmente possível sentirmo-nos bem o que é meio caminho andado para que os outros nos achem bem.
Não pretendendo ser modelo a seguir, mostro, apenas, um exemplo do que acabo de referir. 


Blusa azul e saia cinza, com adereços combinando entre si.

O blazer de veludo azul protege e completa o conjunto


Por acaso o anel, que já não sei como me chegou às mãos, é do mesmo tom ...

... assim como a écharpe ...

... enfeitada com uns berloques que reafirmam:
Aqui vai  uma mulher vaidosa,  que se cuida e que tenciona seguir em frente apesar da austeridade. 

Acho que é um estado de espírito, uma atitude, uma postura assumida, independentemente do dinheiro que se tem ou não.
Li hoje,  neste blog, um texto muito bem escrito,  que faz que pensar, cuja leitura aconselho e que desenvolve este mesmo tema.

Beijo
Nina