segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Do fim de semana ...


O último fim dee semana merece registo, merece narrativa, porque foi um fim de semana diferente - embora os "iguais" deixem muito boas recordações, ligadas ao conforto da repetição de rotinas extremamente agradáveis. Este, porém, foi diferente.

Na sexta- feira, com muito frio, mas céu profundamente azul, arriscámos uma saída mais longa, uma viagem de cerca de 200 Km que é a distância que separa o Porto da Nazaré.

Por quê Nazaré?
Porque Nazaré está na moda,. Fala-se incessantemente dela  como paradigma para records mundiais do surf, desde que Garrett Mcnamara  ficou "conhecido por quebrar o recorde mundial da maior onda já surfada em Nazaré..."

Na televisão, a imagem dessas ondas gigantes que se formam no  CANHÃO DA NAZARÉ - 

"... um desfiladeiro submarino de origem tectónica situado ao largo da costa da NazaréPortugal, relacionado com a falha da Nazaré-Pombal, começa a definir-se a cerca de 500 metros da costa. Considerado por muitos o maior da Europa, separa a costa da Península Ibérica na direção este-oeste desde a plataforma continental, numa extensão de cerca de 211 km começando a uma profundidade de 50 metros até à planície abissal Ibérica onde atinge profundidades na ordem dos 5000 metros." é impressionante, avassaladora ,,,

É pois, devido a esta morfologia que as ondas atingem alturas assustadoras, medonhas e se torna quase inacreditável que alguém seja suficientemente corajoso e/ou  louco para se aventurar naquele território - mas o certo é que muitos se aventuram, tendo sido Mcnara o primeiro a tornar-se merecidamente famoso naquele local.

Partimos, portanto, com o objectivo de fotografar as ondas, só que, embora o vento fosse violento, quase ciclónico, o mar, esse, estava flat, em linguagem de surfista.



Para chegar à Praia do Norte - o local das maiores ondas - devemos rumar ao "Sítio" o ponto mais alto da Nazaré e daí seguir a seta que indica "Farol"

O SÍTIO é, provavelmente, o local mais interessante de toda a vila, oferecendo uma paisagem impressionante.















É também o local mais vocacionado para receber turistas, com lojas de artesanato e restaurantes.

Muito tricô produzem as mulheres da Nazaré ...

Para almoçar escolhemos o Mar à Vista ...
...do qual não se observava nem nesga de mar - emparedado que está por outras construções e que - pasme-se!!!! - não servia peixe!


Foi assim:
Eu - Peixe fresco, o que tem?
Ele - Nada! Não temos peixe fresco!
Eu - Ah?????
Ele - Não! Não temos peixe. Não sabemos se vamos ter clientes e por isso não compramos.

Calei-me, perguntando a mim mesma se não era suposto e obrigatório que num local habitado por pescadores, fosse obrigatório haver peixe. Estamos a falar de um restaurante, certo?
Enfim! Decididamente não me cativou. Decididamente, não recomendo. Jamais.

Segui-se um passeio a pé, enfrentando o vento cada vez mais feroz:



O carapuço foi de uma utilidade, de um conforto extremo ... o que não impediu de ficar com o cabelo completamente emaranhado - tive um trabalhão para, mais tarde,  me pentear ...


Ao fundo, deduzo que se trate de uma das artesãs que tricotam  os muitos casacos expostos para venda.



Daqui seguimos para Alcobaça ...





... visitando o belíssimo Mosteiro


... recordando a trágica história de amor de Pedro e Inês.




... revendo o túmulo de D. Pedro ...


... e de D. Inês


O MOSTEIRO DE ALCOBAÇA  é de uma beleza incrível ...









... merecendo todas as visitas - já lá entrei muitas, muitas vezes e sempre me maravilho.


Antes de regressar, fiz questão de cair em tentação, de pecar deliberadamente.
Como?
Entrando na pastelaria Alcoa - depois de olhar não há quem resista, porque tudo é lindo, tudo premiado em concursos de doçaria conventual, tudo irresistível ...



Dentro desta caixinha ...

... a tentação!

Fui escolhendo - um destes, dois daqueles ...

... e enchi duas caixas!

Neste momento resta uma. Quase vazia!

Basta olhar para salivar. E comer!
Nunca mais passo, entro, olho,  compro na Alcoa - maravilha de lugar, paraíso dos gulosos.

Foi ou não uma sexta-feira para registar e recordar?
Pois foi!

Beijo
Nina