segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Listas!

Sou, definitivamente, pessoa de listas e não há dia em que não me oriente por uma.
Porém, sendo como sou pessoa de listas, não aplico o princípio à gestão da cozinha. Quero com isto dizer que, se pretendo confecionar um prato especial compro os ingredientes necessários, caso contrário vou comprando ao sabor do que a praça oferece e o meu apetite determina.
Assim sendo, não faço lista para o menu semanal e as refeições sucedem-se de acordo com os produtos de que disponho, até que o frigorífico quase se esvazia e voltamos então ao modo compras.

No último fim de semana, de chuva e céu triste, ficámos por casa. Enfrentei então o desafio cozinha:
-Sopa
-Pão
-Bolo

Quanto à sopa, nasceu uma que deu vazão aos restos guardadados na gaveta dos vegetais:

2 cebolas, 4 batatas, 6 cenouras, 2 courgettes, 1 pimento vermelho ...

... deram vida a um puré ...

...que acabaria por receber as verdes folhas de espinafres.

O pão, resultou do milagre da farinha pré-preparada, há demasiado tempo armazenada, e da Máquina de fazer pão, invenção magnífica que permite viagens a um mundo imaginário, como já referi aqui!

Quanto ao bolo, a escolha recaiu no Bolo Inglês.
Não por acaso. Não!
Uma embalagem de frutos cristalizados exigia destino e, deste modo, juntei o útil ao agradável.

Tudo isto para realçar a minha aversão ao desperdício.
Quem nunca atirou para o lixo uma embalagem de comida, porque o prazo de validade foi ultrapassado, que atire a primeira pedra.
Parece-me, no entanto, que esta estratégia de esvaziar armários, prateleiras e frigorífico antes de partir para novas compras funciona muito bem evitando em grande medida as perdas.
Só que, lá está, precisamos de nos libertar da ditadura das listas de menus!
Comigo funciona muito bem, embora, reconheça que o percurso percorrido até atingir este apuro, foi penoso, com quilos de desperdícios de que muito me envergonho, mas que assim evito.

Beijo
Nina






sábado, 28 de setembro de 2013

Momento Fashion!!!!


Ontem um dia pavoroso!
Chuva, muita chuva e vento forte.
Lá para o centro do país ouvi falar de uma espécie de tornado que arrancou copas de árvores e semeou outras desgraças.
Não tendo sido tão exuberante por aqui, não deixa dúvidas:
-Chegou o Outono molhado!

Posto isto e ainda que hoje não esteja frio nenhum, tratemos de trazer à cena as fatiotas meia estação.
Vai daí que hoje tive uma inspiração fashion e apresentei-me assim:



De jeans, os eternos jeans ...

... Sapatos fechados e meias ... que já não usava vai para 6 meses ...

T-shirt absolutamente estival, que apesar do céu cinza e da chuva, está quente ...

...e este casaco de Verão, meio algodão ...

... meio fibra, que veio dos saldos da Zara, por um preço que me fez jurar que JAMAIS, em situação alguma, faria compras fora da época de promoções,( grandes ladrões...)
Então, este foi um momento fashion!
Gosto, acho confortáveis e elegantes estes casacos levezinhos que, ou se usam já, enquanto não vem frio a sério, ou não se usarão nunca.
Tenho ainda uma outra versão sobre o mesmo tema.
 A ver se consigo pô-los mantendo a postura fashion!!!!

Beijo
Nina

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O casaquinho do Luís


O Luís está quase a chegar e é preciso vesti-lo. Não com uma roupa qualquer. Não!
Tem que ser uma roupinha tecida com carinho.
Muito carinho.
Precisamos de um novelo de lã, um par de agulhas nº 3 e, repito, doses imensas de carinho.


E assim, não tem nada que enganar, nasce o casaquinho.

O ponto é muito simples ... triângulos em meia e liga, alternados!

Um remate em ponto mousse (direito e avesso em meia) e ...

... botõezinhos fofos, para o bebé lindo que está quase, quase a chegar.
Os botões, estas lindezas, vieram do outro lado do oceano, de Holambra, também eles embrulhados em carinho, no imenso carinho da Ju.
Não poderia ter-lhes dado melhor destino.

Beijo
Nina

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Bolo de pêssego

O tal que nasceu, na semana passada, num ataque de quase fúria, para evitar que os pêssegos/fraude fossem parar ao caixote do lixo.
A história/ drama/tragédia que acabou bem, encontra-se narrada aqui.

Foi-me pedida a receita da massa que utilizei.
Trata-se da massa do Bolo de Claras ou Bolo de Prata que, como o nome indica serve para aproveitar claras (que congelo sempre que sobram!) resultando num bolinho agradável e quase inócuo.
No caso, quase com propriedades terapêuticas e explico.
A manteiga que é requerida para a sua confeção é substituída por Becel:

... a tal com baixo teor de gordura, rica em ómega 3, reduzindo o colesterol mau, sendo grande amiga do coração
Já que os cardiologistas subscrevem a publicidade, quem sou eu para duvidar?
Além disso, não sabe a remédio. Não sabe!
O bolinho resulta fofo e leve, muito, muito agradável!

E então, aqui vai a receita:

7 claras
200 g de manteiga
200 g de açúcar
200 g de farinha
2 c. de chá de fermento

Bate-se a manteiga (à temperatura ambiente) com o açúcar até formar um creme esbranquiçado e homogéneo.
Acrescenta-se, aos poucos, a farinha com o fermento, intercalando com umas colheradas de claras batidas em castelo firme.
No final, envolve-se, sem bater, suavemente, carinhosamente, com uma espátula.

Despeja-se a massa numa forma previamente revestida com caramelo e decorada com as fatias de pêssego.

Coze a 180 graus cerca de 50 minutos.

Devo esclarecer (e repetir) que as claras congeladas não perdem qualidade.
Que as guardo em frascos rotulados com a quantidade que contêm.
Que sou muito descrente em relação à farinha específica para bolos, aquela que já traz fermento incorporado. Tenho tido os meus dissabores nesse capítulo. Daí que prefiro a farinha sem fermento, tratando eu de o acrescentar na quantidade exigida.
Que este bolo é a salvação da pátria. Serve para tudo, dependendo da decoração que se pretenda acrescentar, desde as mais variadas frutas frescas, às secas, ao chocolate, ao côco, enfim, a sua versatilidade é infinita.
Que o próprio bolo, depois de assado, pode ser dividido em porções e congelado, de modo a não perder a frescura se os comensais forem em reduzido número.
E que, aí sim, é a salvação da pátria para as refeições em que a sobremesa´ falha!

Daí que sou fiel e incondicional fã deste modesto bolinho.

Beijo
Nina

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Jardinando

As previsões de chuva para amanhã e para o resto da semana anteciparam esta tarefa. Para além de anteciparem, concentraram, quer dizer, obrigaram a fazer numa tarde o que poderia ter sido feito em duas ... ai! ai!
Foi trabalho a quatro mãos, mas, ainda assim ... ai! ai!

No começo  ...

... foi  o caos!
Palavras para quê?
Foram sacos e sacos de lixo.

Com braços arranhados ...

... dores nas costas ...

... e um calor de morrer.

Depois ...

...aos poucos ...

... as peças encaixaram.

E nasceu um terraço ...

... de revista.

Cada coisa no seu lugar!
A fiada de vasos colocada no plano dianteiro contem orquídeas de exterior, daquelas que não exigem o menor cuidado e até apreciam condições adversas.
Vão florir quando o tempo arrefecer e, no Natal, teremos orquídeas em cachos!

São os poucos tomateiros remanescentes. Ainda têm alguns tomatinhos. Quando acabarem, as floreiras receberão uma camada de terra nova e alfaces que me abastecerão durante o Inverno.
Missão cumprida!
Agora, um banho quente, um jantar levezinho e um pouco de descanso  e estou pronta para outra (ai! ai!).

Beijo
Nina

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Agora, é a hora!


Outono ainda sem chuva, muito boa altura de dedicar ao jardim umas horinhas!
Plantar, plantar, plantar ...
Sempre ouvi dizer que "Em Outubro , pega tudo!"


Começarei por esta beleza!
Um limoeiro pequenino, em perfeita germinação, exibindo já dois suculentos limões.


Serão transplantados para um vaso fundo que permita às raízes espaço para crescerem na ânsia permanente de fixarem a àrvore à terra e encontrarem todos os nutrientes necessários.
 É também esta a melhor altura para plantar bolbos que florescerão na Primavera.


Comprei tulipas vermelhas e ...
Narcisos!

Existem muitas outras variedades no mercado, que continuarei a adquirir.
É investimento de alegria garantida quando aparecerem as primeiras flores.
Durante o processo de germinação, deixo os vasos no exterior, ao ar livre, correspondendo às necessidades da planta. Porém, assim que florescem, são convidados de honra em minha casa.
Encho as mesas de flores e durante dias, com sorte, semanas, tenho uma festa dentro de casa.
E assim, vou repetindo, ano após ano este ritual. Aprendi em criança, com a minha mãe. São ensinamentos que marcam profundamente, para toda a vida.
A eles chamo, ser feliz com coisas pequenas, que são as mais acessíveis e , de longe, as melhores.

Se nunca experimentaram, é a hora de começar.

Beijo
Nina

sábado, 21 de setembro de 2013

Pr'a mim, chega!


Não volto a comprar fruta em grandes superfícies que, com a sua cega ambição de lucro, exploram indecentemente os produtores acabando por vender gato por lebre.
A história infeliz dos pêssegos que quase foram parar ao caixote do lixo, repetiu-se com as ameixas.
Lindas, grandes vermelhas, compradas ainda um pouco duras, na expectativa natural que acabariam de amadurecer em casa.
Uma semana volvida continuavam
 duras e  já sem o viço inicial.


Cá estão elas!
Aparentemente saudáveis e apetitosas.
Só aparentementemente. Começavam a revelar ao tacto a consistência de borracha.

Descasquei-as juntamente com alguns pêssegos sobrantes e cortei-os em fatias.

Parecendo-me escassa a quantidade, acrescentei 2 fatias de melão congelado bem como uns quantos morangos, também eles congelados.

Pesei!

Juntei  1 kg de açúcar e ...

... levei a lume brando ...

Deixei que fervesse devagarinho, verificando o ponto do açúcar.

Reduzi a puré e ...

... obtive 4 frascos de compota ...

Tutti fruti!

Salvei a fruta, é certo.
A compota ficou excelente, felizmente!
Mas, acontece que eu comprara fruta para a sobremesa e não para compota!
Lição a retirar:
-Nunca mais comprar fruta no supermercado.
 Esta veio do Lidl, mas poderia ter vindo de outro qualquer.
Ainda que pagando um pouco mais, está decidido, melhor, muito melhor será comprar a fruta em frutarias, nos mercados, ou nas pequenas mercearias que por aí ainda se encontram.

Beijo
Nina

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Pêssegos ...

... deliciosos, sumarentos, suculentos pêssegos!
Eis um conceito em que, acredito, impera a unanimidade ( que, como se vê, nem sempre é burra!)!
Não há, não pode haver quem não goste de pêssegos, os perfumados, os aveludados pêssegos!

Igualmente unânime é a convicção que os produtos devem ser consumidos sazonalmente, nada de batotas de os retirar extemporaneamente da árvore, de os conservar em estufa, ou de os fazer chegar à mesa após viagem transatlântica, de longínqua proveniência.

Estamos de acordo?
Estamos de acordo!

Então por que é que, os pêssegos lindos, comprados no início da semana, contrariando o ciclo natural das coisas, em vez de terminarem o amadurecimento, tornando-se moles ao tacto e irresistíveis ao paladar, continuam duros como pedregulhos, ameçam  a vista com uns laivos acastanhados nada boa premonição e a casca começa a encarquilhar, de desidratada.
Por quê?



Parecem perfeitos, não parecem?
Pois só parecem, não são!
 Vi (tardiamente...) na embalagem que vieram de Espanha!
Não percebo! Logo de Espanha onde a fruta é saborosíssima de qualidade insuperável!
Que batota foi esta?

Há que tomar medidas, não esperar mais! Se não amadureceram até hoje, jamais amadurecerão. A partir de agora será a degradação imparável, até ao caixote do lixo.



Isso é que não!
 Fui-me a eles, descasquei-os e fatiei-os.
Depois, revesti uma forma com açúcar em caramelo e, sobre ele, coloquei as fatias dos pêssegos.


Depois, com 7 claras congeladas, preparei a inocente massa do Bolo de Prata, que mais não é que o aproveitamento hábil das claras que sobram, levado a cabo pelas fadas do lar... ou, pelo menos, por uma espécie  de concorrente a fada do lar ... :-)!

E fiz um vistão!
E sabotei a batota dos pêssegos marados!
E até parece que este é um blog de culinária!

Beijo
Nina

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Compota de cebola roxa

Gosto particularmente da mistura do doce com o salgado num mesmo prato.
Gosto particularmente de cebolas.
Adoro as roxas!

São diferentes, quase elegantes.

Ontem, chorei copiosamente enquanto descasquei 1 quilo delas.
De personalidade forte, recusam~se a passar despercebidas e, para além das lágrimas, teimaram em deixar-me nas mãos um cheiro forte, resistente à água, ao sabonete e ao creme. 
O cheirinho sumiu apenas quando muito bem entendeu, horas passadas e dúzias de lavagens realizadas.


Ei-las, peladas e pronta a serem fatiadas, momento durante o qual o dilúvio das lágrimas se tornou torrencial.
Finalmente, porém, prontas, foram ao lume, com um fio de azeite, louro, alecrim e 1 pau de canela.

Por lá ficaram, sem pressas, até amolecerem e perderem o líquido que entretanto se formou.
 Receberam, então, 1 copo de vinho tinto e ferveram lentamente até estarem cozidas, chegado que foi o momento exótico:
- Sobre elas choveram 300 g de açúcar que se deixou caramelizar.

O resultado foi este!
Foi isto!
Uma delícia roxa que acompanha com ares de estrela o mais simples bifinho, o franguinho assado mais despretencioso, a tudo conferindo o estatuto gourmet!
Provem!
Não exagero!

Beijo
Nina

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Ideias!


Chega Setembro e acontece assim uma espécie de recomeço, de novo ciclo.
Tenho a certeza que esta sensação tem tudo a ver com o início do ano letivo. Coisas que me ficaram! Engraçado que do início do ano letivo, a sensação mais forte que guardo, é a olfativa. O cheiro dos cadernos novos, o cheiro dos livros acabados de comprar. Esta, muito mais do que memórias visuais ou auditivas.

Voltando ao início da conversa, Setembro é recomeço, é estabelecer de metas, de objetivos a cumprir.
Daí que ontem, na loucura das limpezas inadiáveis dei cabo das costas. Nada que esmoreça o meu ânimo, até porquee já passou. Estou pronta para outra e hoje continua a investida contra a poeira. (O pior, mesmo, é a roupa que vai crescendo em montanha assustadora, esperando ser passada... uma coisa de cada vez!)

Mas não foi apenas no capítulo da menage que me atacou esta ânsia de concretizar.
Também se faz sentir na cozinha.
Engordei (pouquinho, vá, mas engordei...) durante as férias.
Nesta realidade de calças que me apertam há que encarar o problema de frente, sem medo, sem desculpas, sem adiamentos.
Teórica, sei tudo o que é necessário fazer nestes casos.
Sei eu e sabemos todas.
Nada de passar fome! Há que comer, muitas vezes, pouquinho. E de preferência, muito legume, muita fruta.
Um prato repleto de legumes, infelizmente, não me seduz.
Já a sopa é outra conversa. Sou uma devoradora de sopa. Com muitos, muitos legumes.

Li, entretanto, umas coisas sobre a importância da cor dos alimentos. Quanto mais colorida a alimentação, melhor.
Então estabeleci sopas coloridas que se sucedem qual arco íris, ao longo da semana:
-De tomate
-De beterraba
-De bróculos
-De abóbora
-De cenoura
-De couves

Comecei pela de tomate, inventando, misturando sabores, mas com predomínio de tomate:


Aproveitei uma promoção em que ofereciam um desconto (?) substancial e comprei por atacado.

Uma base de cebola, batatas, alho e um pimento verde.
Tudo na panela. Tudo reduzido a puré.
E a primeira cor foi ingerida.
Os sobrantes serão congelados, cortados em pedaços e posteriormente utilizados.

Amanhã teremos creme de cenoura e depois caldo verde.
E assim se declinam as cores em pratos brancos, fumegantes que saciam e não engordam.

Beijo
Nina

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Tou que não posso!


Cheia de ideias e projetos, revolucionei o esquema de limpezas. 
Mudei tudo!
Nada de limpar quartos à segunda. Não!
À segunda vamos às limpezas profundas ... lavar persianas, cortinas, aspirar reposteiros  e por aí, coisas que só se fazem nas grandes limpezas.
Tudo sob a minha supervisão, é claro!
Mas, como não  sei assistir sem participar, desgracei-me!


Tratei das (de algumas...) plantas, acrescentando terra aos vasos, retirando folhas secas, amarrando  caules, dividindo vasos ...

... de um fazendo dois!

Acontece que fiquei derreada com a jardinagem forçada, com uma dor nas costas a exigir analgésico.
Espero só voltar a ser atacada por esta febre das limpezas à séria, só lá para 2014, no final das férias, quando esta maldita dor nas costas já tiver sido esquecida.

Beijo
Nina