segunda-feira, 22 de abril de 2019

Férias sem sair de casa

 Quando o Algarve se enche, quando os hóteis se esgotam, quando os voos atingem preços indecorosos, sabe bem ficar em casa.
Tínhamos 5 dias livres, que podiam ser uma espécie de miniférias e foram ... sem sair de casa, sem ceder à tentação da Internet, puro lazer.
Hesitámos quando as previsões meteorológicas garantiam uma Páscoa chuvosa, que não se confirmou.
Depois, as estradas cheias, os hóteis quase a 100% da sua ocupação e o tempo só "assim, assim", foram decisivos para ceder à preguiça e ficar por aqui.

Não quer dizer que tenhamos passado os 5 dias fechados em casa, mas, ao sair, encontrámos uma cidade muito despovoada.
Foi bom!

Há muito que não passeava pelo litoral de Leça da Palmeira. Ainda bem que lá voltei. Está lindo! Está assim:



Domingo, durante a manhã, uma caminhada ao longo da praia, depois de um café olhando o mar.

O magnífico farol.
O mais bonito que conheço é mesmo este.
 Nunca subi ao cimo, embora saiba que é possível.
 De dia é esplendoroso na sua imaculada brancura.
 De noite é mágico com o seu facho luminoso.

O mar ali ao lado estava invulgarmente calmo e cheirava bem, cheirava a algas, a maresia.
 Não havia vento.

Ao fundo, na curva da estrada, sobre uma pequena colina, A Casa de Chá da Boa Nova, obra prima de Sisa Vieira.
 Da estrada pouco se vê, porque a construção está "enterrada" no solo, aberta ao mar.
Já aqui jantei ao pôr do sol.
 Já aqui passei horas envolta no negrume da noite, apenas com a voz do mar a situar-me.
 Já almocei em pleno arraial de luz.
É magnífico.
Atualmente gerido por um cozinheiro medalhado pratica preços absolutamente escandalosos.
Uma pena!


Considerado monumento nacional, acredito que tenha sido construído há mais de 50 anos.
Permanece atual.
Porque é intemporal!

Não pisar as plantas - avisam!
É flora nativa que se encontra em fase de consolidação.

Ao lado, esta igrejinha.

Nunca nela entrei porque, uma vez mais, se encontrava encerrada.

Num recorte caprichoso, o mar, tranquilo, lago ou piscina, entra , perfura a costa.
É só olhar e permitir aos sentidos que aqui se percam.

Outros quiseram, como eu, aproveitar a manhã, respirar a paz ...

Foi assim, uma feliz decisão de fazer férias sem sair de casa.

Beijo
Nina