terça-feira, 18 de setembro de 2012

Insónia ...



... nunca mais.
Já que ontem anunciei que este é o mês de todos os projetos, de todos os desafios, falemos de um que sendo frequente é banalizado.
Refiro-me à praga das insónias.
Não importa, para o caso, procurar as causas que, infelizmente, na atualidade do contexto social em que vivemos, são evidentes.
Não importa dizer que somos grandes consumidores de ansiolíticos. Essa é mais uma evidência.
Importa, sim, driblar a insónia, aquele estado de alerta que se auto alimenta de nadas, transformando-se numa doença esgotante, num flagelo incontornável.
Tenho, porque tenho insónias, lido muito sobre o assunto.
Tenho falado com especialistas.
Tenho recorrido a ansiolíticos.
Tenho!
Mas cada vez menos.
O preço que se paga por esse adormecer químico não é insignificante. Esta categoria de fármacos cria dependência e afeta as funções cognitivas, nomeadamente a atenção e a memória.
Não é coisa pouca.




Felizmente há regras, há rituais, há atitudes que sabotam a insónia.
Fala-se em criar um ambiente tranquilo no local em que se dorme, em criar ritmos horários de sono, em não comer nem beber antes de dormir, em fugir de computadores e outros artefactos eletrónicos, em tomar um banho relaxante antes de deitar, fala-se de um conjunto de normas que o senso comum apoia.

Contudo, a regra número um a respeitar é não dar oportunidade à insónia.
Equivale isto a dizer que, se, após meia hora, o sono não vem há que, imperativamente, sair da cama.
Há que se ocupar com uma qualquer atividade que, se monótona, melhor.
Há que criar a associação de ideias cama/sono e nunca, cama/vigília.
Dizem os entendidos que três semanas de insónia traduzida na dificuldade em adormecer, concretizam já uma situação patológica de insónia crónica.
É essa a situação a evitar.

Assim, quando o João Pestana se fizer rogado e teimar em não aparecer, é levantar, ler ou escrever, praticar uma atividade que no dia seguinte, miraculosamente aparece feita "graças" à insónia que, deste modo passa a ser encarada como uma oportunidade de "matar" trabalho e não como uma ameaça angustiante na hora de deitar.

Como primeiro desafio a pôr em prática em setembro, parece-me de monta, nada insignificante!

Beijo
Nina

As imagens não são minhas.
Foram retiradas da net.