sexta-feira, 21 de setembro de 2012

EDP ...


... exatamente, a EDP dos lucros fabulosos, aquela que foi, até ao momento monopolista no fornecimento de energia elétrica, a EDP, entendámo-nos, essa EDP!

Dela falo, a ela dedico umas palavrinhas.
Assim, esta manhã, dirigi-me a uma das suas lojas para tratar pessoalmente de um assunto de gestão.
A placa, vistosa, à porta, assinalava a sua presença num amplo rés do chão, de uma avenida central.
Entrei.
Não entendi.
Uma fila compacta crescia até à porta.
Qu'é da máquinas dos tikets que ordena por ordem de chegada?
Não tem!
Tem aquele senhor, que lhe dará indicações, esclareceram-me.
Entrei na fila, corajosa. Seria a décima pessoa a ser atendida por "aquele senhor". Estava suficientemente perto para ouvir a conversa de chacha, "daquele senhor" com os resignados clientes.
Que tinha de ser com calma, que não podia stressar, que assim tinha tido um colapso um seu colega, explicava "aquele senhor".
Apoiando-me ora num pé, ora noutro, aguentei meia hora, mas o diabo da fila crescia à minha frente. É que, espalhados por cadeiras dispersas, outros clientes entravam na fila à minha frente, porque tinham marcado o lugar , não aguentando, em pé, tamanha espera.

Espreitei para o fundo da loja.
Três funcionários despachavam os clientes enviados pelo dito "senhor"
Só que, alinhadas junto às paredes, viam-se uma boa dúzia de mesas desocupadas.
Qu'é dos funcionários?
Então esta não é uma empresa de sucesso?
Então não grassa o desemprego neste país?
Qu'é dos funcionários que deveriam ocupar as mesas vazias?
Por que é que o cliente, que tem sempre razão, atura esta situação?

Desisti!
Saí!
Bati com a porta, indignada.
Por que é que os clientes não se indignam?
Por que é que não bateram com a porta?

Já telefonei para o número EDP para desabafar. Caiu em saco roto o desabafo. Mas desabafei.

Beijo
Nina