terça-feira, 21 de abril de 2020

Olá!

Olá!
Nesta estranha fase em que vivemos, mudam-se inevitavelmente os hábitos e as rotinas, mesmo os que faziam parte inquestionável do dia a dia. Tanta coisa mudou. Dizem que nada voltará a ser como dantes.
Quanto a mim, não constitui drama o facto de ficar em casa... nem desgosto! O que me custa é, por exemplo, não poder sair quando preciso ou me apetece. É a prisão domiciliária que me incomoda. De resto, ocupo-me ( e como me ocupo, forçada que sou a tratar sozinha da “menage” , que , no fundo, encaro como uma ida ao ginásio) .
Dói-me o afastamento das minhas pessoas, das rotinas boas dos fins de semana, das cumplicidades. Substituo as presenças com o FaceTime, mas não é a mesma coisa. Sobrevivemos.
Continuo a usar e até abusar da Net, leio, pesquiso, informo-me. Mas algo mudou. Perdi o entusiasmo. Publico  quase nada. E nada há a fazer. A não ser esperar que a falta de entusiasmo passe. Sei que vai passar.
Por isso os meus silêncios, as minhas ausências não querem dizer nada. Querem apenas dizer isto. Que a vida mudou, que outras rotinas têm sido criadas.
Por exemplo, neste momento, 4 da tarde, aguardo que a Bimby sinalize que o arroz doce está pronto. Apeteceu-me. E havendo tantas restrições, mimo-me quando posso. Também já engordámos qualquer  coisita, admito.






Depois de arrefecer, polvilha-se com canela
O que emerge da espuma dourada é casca de limão e pau de canela




Há muito tempo que não comia arroz doce. Este está mesmo bom que já provei.
Pecado assumido, preparo-me para aspirar parte da casa.  Assim procedo. Aos bocadinhos para não sucumbir. E lá vou mantendo o espaço razoavelmente decente.

Portanto, nesta fase, será assim - vou aparecendo. Leio as publicações que me interessam. Às vezes comento, às vezes não.
Estou bem.
Espero que quem me acompanha, também.
Que volte à normalidade.
Que, enquanto não volta, não desesperemos.

Beijo
Nina



quarta-feira, 15 de abril de 2020

Esta manhã

O dia nasceu assim:



Um sol enganador - não durou muito e rapidamente desapareceu - quase fazia brilhar o meu terraço



Abrindo as janelas do meu quarto, esta a imagem  que me saúda

Quase esqueço que, pela frente, tenho um dia de confinamento

Não poderia deixar de mostrar a produção de morangos, dois ou três, mas enchem-me de orgulho e nem me passa pela cabeça a possibilidade de os apanhar.



São momentos bons, luminosos, reconfortantes nos dias que passam.


Beijo
Nina

terça-feira, 14 de abril de 2020

Está sol ...

... e eu deveria estar aqui!


Jantando junto ao mar ...

Esperando na compainhia de uma caipirinha

Olhando o céu azul do Algarve

Aceitando  o chamamento da piscina

Tem sido assim noutros anos, por esta altura.
Saudades!
Haja saúde!

Beijo
Nina


quinta-feira, 9 de abril de 2020

De agulha em punho ...


De agulha em punho, costuro. Não costuro, dou uns pontos. Pensei que seria tarefa monótona, mas não. É até bastante relaxante.
E, no entanto, tenho duas máquinas de costura. Uma, foleiríssima, de origem chinesa que, ainda muito nova, começou a dar problemas, desmotivando a quem nada motivada estava para a costura. No caso, eu. Era uma dor de alma de agulhas que se partiam, de fio que rebentava ... enfim, pura sabotagem aos meus intentos.

De modo que a substitui. Numa das idas a Inglaterra, decidi-me pela compra de uma Singer. Com ela a minha relação com a costura experimentou significativoa avanços.
Só que, ultimamente, as coisas descambaram e vi-me obrigada a tratar-lhe da saúde, isto é, entreguei-a a um técnico para que a reparasse.

Entretanto chega o Covid 19.
A máquina far-me-ia jeito e companhia. Mas está no hospital, encafuada em loja encerrada.
Entretanto fui contactada para a ir resgatar. Mas como? Como quebrar a quarentena? Impossível.

Daí que voltei às origens e de agulha em punho termino uma almofada (fronha) inacabada que, em pedaços, me estragava o visual da sala e me mexia com os frágeis nervos.

Informo que esta barra em crochê foi comprada  (a metro) na feira.
Palpita-me que seja obra chinesa.

Tenho utilizado este remate em tolhas e fronhas. O efeito é ingénuo mas agradável - e ninguém diria que foi, provavelmente, produzido  numa máquina.
Trata-se de um par de fronhas que já têm destinatária. A primeira foi cosida à maquina, já a segunda, pelas razões enumeradas, nasceu depois de muitos, muitos pontinhos.

Está quase pronta. E no serão desta noite ficará concluida.

Bom serão!
Beijo
Nina

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Continuando ...


 A quarentena mantem-se e cumpro-a religiosamente. Uns dias sem custo, outros não, confesso. Alguns são terríveis. E nem sei dizer ao certo porque me sinto mal. Deve ser cansaço, exaustão, privação.  Dos abraços, dos encontros, dos programas com as minhas pessoas. Deve ser isso.

Procuro criar novas rotinas e ocupar-me.
Incapaz de deambular em pijama e chinelos, visto-me , maquilho-me, preparada para um dia com compromissos.
Durante a manhã, a arrumação básica.
Almoço. Variado, incluindo vinho.
Depois, como se fosse uma sesta, tempo para um filme na tv, geralmente um policial inglês.
A seguir, alguma leitura.
Antes do chá, uma ou outra tarefa, daquelas que esporadicamente exigem atenção.
Ao fim da tarde, tempo de ginástica.
Depois de jantar, tricô e outro filme.

.
Nas agulhas o que será um colete.
O fio foi adquirido antes da crise sanitária e agora mostra que valeu a pena


Tem sido assim!
Gostava que tudo isto passasse. Que se transformasse numa má recordação.
Já!


Beijo

Nina 


terça-feira, 7 de abril de 2020

Bolo pudim



Para a Patrícia
Vamos falar do tal bolo/pudim. O bolo de que falei ontem, carregada de culpa.






Tenho esta receita há imenso tempo . Foi-me dada pela Adelina, uma colega  com quem estudei. Fomos amigas muito chegadas. Partilhávamos aulas, trabalhos e apontamentos. Fizemos o percurso juntas. Fui madrinha do seu segundo filho e amiga do casal. Os maridos simpatizavam um com o outro. Por isso a convivência ultrapassou os limites profissionais. Durante anos.
Depois, não sei dizer como nem porquê, perdemo-nos. Ouvi dizer que o casal se desfizera. Terá sido essa a razão do afastamento? Não sei. Respeito as decisões de quem as toma.

O que não passou foi o Bolo/Pudim, um malvado deliciosamente irresistível , faz-se assim:


INGREDIENTES

Para o Bolo

4 ovos
açucar - o peso dos ovos
farinha - metade do peso dos ovos
1 c. chá de fermento
raspa de 1/2 limão


Para o Pudim

3 ovos
3 dcl  leite
200g açúcar
raspa de 1/2 limão


Com 15 colheres de sopa de açúcar faz-se um caramelo com que se barra a forma.

Seguidamente, o pudim:

Misturar o açúcar com os 3 ovos inteiros. Juntar o leite + raspa de limão.
Verter para a forma caramelizada.

Agora a massa para o bolo:

Bater as gemas + açúcar+ raspa de limão + farinha c/ fermento.
Separadamente bater as claras em castelo firme. Envover cuidadosamente na massa, utilizando uma espátula - este passo é fundamental para que o bolo fique fôfo.

Verter na forma, sobre a mistura pudim..

Assa a 180 graus cerca de uma hora.

Desenformar depois de frio.
(Patrícia, que seja um sucesso)

Beijo
Nina

segunda-feira, 6 de abril de 2020

A roupa encolheu



Não percebo!
Em duas semanas a minha roupa encolheu. Noto principalmente nas calças. As malvadas encolheram. Não no comprimento. Isso é que era bom, significaria que mais vale tarde do que nunca - sempre suspirei por ser mais alta. Não que seja baixa. Mas, ainda assim ,mais 10 cm seriam muito bem vindos. Mas não. No comprimento estão perfeitas. Queixo-me da largura. Aí encolheram, as antipáticas.
Coisas!
Acabado um bolo, não resisto e faço outro.
E assim, um bocadinho agora, uma fatia mais logo, encolhem-se-me as calças.

Hoje fiz este. Chamo-lhe Bolo Pudim, uma receita que esvoaça pela net e que recomendo.

Tal como o nome indica é um híbrido - metade pudim, outra metade bolo



A forma é forrada com caramelo o que lhe garante um sabor especial e uma humidade qu , aliada à leveza da massa do bolo, resulta num pitéu de se lhe tirar o chapéu.


Aqui, ainda no forno, assa durante 50 minutos, crescendo e cheirando muito bem.
 A olho, concluo que atingiu o ponto correto, quando começa a separar-se da forma.

Depois, viro para o prato de serviço e só retiro a forma quando arrefece completamente.
Não sei se estão a ver a ideia - é que assim não há gota de caramelo que se perca.
Uma verdadeira desgraça.

Beijo
Nina