quarta-feira, 5 de março de 2014

1062 - Como eu gosto de mudar de ideias!



Diz-se que a unanimidade é burra e que só a estupidez não muda de ideias.
Diz-se muita coisa a este respeito, que sim,que não, que às vezes, que talvez ...
Pois a minha pessoa assume, nas calmas, que muda de ideias sempre que necessário.
Enfim, convem ressalvar uns quantos princípios que são imutáveis, mas não era desses que falava, era de coisas miúdas, triviais, irrelevantes.
Concretamente, falava do comércio chinês. Aquele que um dia condenei às profundezas do inferno, à lixeira municipal, ao engodo imperdoável. Não sei se se lembram, mas eu sei do que falo.
Pois a minha pessoa dá a mão à palmatória e retira o que disse e vai ao chinês dia sim, dia sim.
Estou assim a modos que viciada, que dependente, criatura de convicções fraquinhas que, aos poucos se converteu às virtudes orientais.
É que têm tudo!
Pensem na mais estranha compra!
 Pensem! 
Têm!
E depois, espertos que só eles, arranjam lojas desafogadas, longe da loucura do centro, com espaço para estacionar à porta e tudo!
Se não fosse por outro motivo, este seria já muito forte.

Mas há outros motivos!
Há!
Encontro lá  resposta às minhas buscas mais delirantes:

Oh!
Dourados que vou aplicar numa obra secreta que trago entre mãos, de todos os formatos, a preços mínimos que me deixam louca de vontade de trazer todos.
E fios estranhos, diferentes, que nem sei bem para que servem, mas que para algum fim terão utilidade.
Que não tem qualidade e que é indecente, que não pagam impostos, que fazem concorrência desleal!
Ok! Mas é lá que encontro o que noutros sítios não acho, a qualquer hora, a qualquer dia, que este povo leva muito a sério o que faz e dá o litro sem hesitação.
A mim," incrível artesã", o comércio chinês tem-me sido de enorme utilidade.
Por isso mudei de ideias!

Beijo
Nina