sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Cabeleireiro, de novo, finalmente

Não ia ao cabeleireiro há 5 meses!
 Eu que A.P. cumpria, religiosamente, o ritual, sempre à quinta-feira, sempre às 14h00m!
Reserva fixa e permanente!
Ia lá eu imaginar que, de repente, uma ida ao cabeleireiro constituiria atividade de risco?
Nunquinha!
Mas foi! Tudo se transformou, se transfigurou - cabeleireiro e manicure incluídos.

Sem quase sair de casa - e quando saía tapava parte do rosto com máscara - o cabelo deixou de ter importância.
Andava lavadinho, mas selvagem, cheio de personalidade, como sempre foi.
Recentemente, estava tão comprido que o apanhava e  então, mais selvagem crescia.
Fazia-me muito calor no pescoço, assim como se permanentemente usasse espesso cachecol. Elásticos, ganchos, bandoletes e chapéus passaram a ser os meus melhores e inseparáveis amigos.
A cor tornou-se indefinida, meio loira, meio castanho, coisa estranhíssima.

De repente, do nada, eu que até me encontrava medianamente conformada com o desastre capilar - repito - do nada, gritei (interiormente, já se vê):
- BASTA!



Sem me deter, liguei, marquei hora, combinei os requisitos e apareci.
Márcia, A Cabeleireira, muito profissional, absteve-se de fazer qualquer comentário.
Meteu mãos à obra e, duas horas volvidas, estava assim. Estava outra. Estava nova. E leve . E de bem com o meu cabelo.


 

No pavimento, um manto de cabelo.
Cortou sem dó nem piedade uns bons 10 cm de juba.
E acertou a cor com umas quantas (muiiiitas) madeixas.

Sinto que não corri desmesurado risco. 
É que Márcia apenas atende com marcação prévia, apenas uma cliente de cada vez.
E desinfeta e muda o equipamento e usa máscara e mantem porta e janelas abertas.
Correu muito bem.

De tal forma que, intrépida, sou bem capaz de lá voltar daqui por - digamos... - 2 meses.

De cabelo novo, aguardo, otimista, o fim de semana, sem ganchos, nem elásticos, nem bandolete, nem chapéu.
Ufana, do cabelinho  a quem volto a reconhecer como meu.

Bom fim de semana.

Beijo
Nina