quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Orquídeas


Tenho, no meu terraço, o canto das orquídeas. Em vasos de várias dimensões sobrevivem sem problemas aos rigores do Inverno e ao braseiro do Verão. Dão pouquíssimo trabalho. Uma regadela de vez em quando e é tudo. Ouvi de uma entendida que apreciam este tratamento distante sem grandes paparicos. Assim faço.
Quando, no mercado, as vejo exuberantes de cor, trago-as comigo. E assim, aos poucos, formei uma coleção variada.
Deu-lhes para florescer neste Fevereiro bipolar, com chuvas torrenciais , noites gélidas e dias acalorados.
Fiquei contente. Em festa com o sucesso deste ciclo que autonomamente se repete. Nada ou quase nada faço e elas, tão humildes na sua folhagem sem graça, num repente explodem.
Assim:



Amarelas. Belas e amarelas. Em cachos .


Hesitei.
Apanho-as? Não as apanho?
Apanhei-as.
Uma molhada de 6 ou 7 hastes.
Outras tantas se preparam para florescer.
Eu aguardo.



Se não as tivesse apanhado, ter-se-iam estragado com a chuva de ontem

Assim, alegram os meus dias, os meus olhares, os  meus recantos .

Estas, amarelas resplandecentes, vieram, no ano passado, da Feira de Cerveira,  do horto onde se encontram imensas variedades.

Aguardo as próximas surpresas, porque, como cada uma tem o seu próprio ritmo, florescerão quando florescerem. Sem horário. Livremente. Em todas as cores. Cada uma mais linda que a outra.

Aviso que esta é uma boa altura para comprarem orquídeas.
Valem cada cêntimo e nem são caras. E alegram os olhares e a vida.

Beijo
Nina