terça-feira, 3 de julho de 2018

Despedida


Não gosto de despedidas e evito-as a todo o custo.
Porém,  quando não consigo escapar-lhes, trato de tornar o acto rápido,  quase instantâneo   assim como quando se arranca um penso, em que o puxão fulminante é  a melhor opção. 

Se a despedida é  lenta, sofre-se a dobrar, pelo que mais vale praticar a técnica  do "puxão ".  

Isto com pessoas.

Deus me livre e proteja de despedidas.

Já  com "as coisas", com as situações,  o problema não  se põe,  ou põe -se de modo completamente diferente.
Aí,  é  sensato prolongar a rutura, adiar o adeus, fomentar o desmame.

Falo de tricô  ... de que mais falaria?

Ando há  meses ameaçando  que vou parar, que é  a última  peça,  a última  compra de fio, porque está  calor e que tricotar se torna incompativel, que é  mesmo a última  das últimas  peças,  que vou arrumar as chuteiras ( clima futebolístico  no ar), que só  para o ano,  lá  para o Outono, retomo, que sim, que definitivamente é  uma despedida, um até  logo, um até  qualquer dia.

No entanto ...






Pleno Julho ...


... e eu aqui ...


... tricotando!


Bem sei que o fio é  algodão!
Bem sei que assim o processo é  menos penoso ...

Ainda assim, transgrido todas as promessas., porque me sabe bem a transgressão  e prolongar a despedida traz apenas doces momentos.
Não é uma despedida a sério.
Pois não!

Na imagem a ultima manga de uma camisola/blusa no (único ) ponto de fantasia que domino.

Tenho para mim que, ainda este Verão  mentiroso e falso, a vou vestir.
Será combinada com branco e sinto que será uma feliz opção.

Beijo
Nina