quinta-feira, 13 de julho de 2017

Campismo

Nunca na vida acampei.
Lembro que em criança  - e só  então  - a atividade me seduzia, mas nem nesse tempo acampei.

A vida avançou  e calhou emparelhar com pessoa nada dada a esses arrebatamentos que levam a que se considere a tenda ou a caravana espaço  idilico que deixa os hotéis 5 ou mais * num chinelo.
Portanto se do meu lado a vontade era e é  nula, do lado do marido a ideia é  no mínimo estapafúrdia.
Portanto nunca acampamos.
Nunca, até  esta semana.

É  que continuando no alojamento de  sempre, vivemos em modo campistas.
Por quê?
Porque remodelamos um quarto, o nosso quarto e casa de banho, pelo que, nos acomodamos num espaço  que  não é o  nosso, numa casa de banho que não é a minha,  num desconforto muito grande. Faltam-me as referências,  as minhas coisinhas.

Além  disso circulam por  aqui (estão em todo o lado )  três  seres estranhos  ao meu mundo,  respiro e espirro poeira, sinto-me zonza com tanta martelada!

Hoje dariam por terminada a  obra.
Estávamos  no arrumar "dos cestos", quando um dos "artistas" decidiu prender um toalheiro que parecia frouxo.
Prendeu!
O que aconteceu?
Furou um cano e a água enfurecida  esguichou ...

Nem reagi, gelada de espanto e horror.

Neste momento, a casa de banho que estava pronta ostenta enorme buraco na parede.
Há  que testar o conserto.
Esperar.
Esperar.
Esperar.

Eu?
Continuo acampada.
Na minha própria  casa.

Beijo
Nina