quinta-feira, 30 de maio de 2019

As minhas pernas brancas ...

Quando escrevi este estranho título lembrei-me do poema de Almeida Garrett ...

"Eu tinha umas asas brancas
Asas que um anjo me deu ...
(...)
Eram brancas, brancas, brancas ...
(...)
Por isso voava ao céu

Pois que não, pois que eu não me orgulho de tanta brancura,  pois que as minhas pernas, brancas, brancas, brancas não me permitem exibi-las, quanto mais voar ao céu.
São brancas, brancas, brancas e hoje, dia de verdadeira canícula, atrevi-me com  um vestido sem mangas, pernas ao léu e achei-me ridícula.
É que estão mesmo brancas, brancas, brancas...

Vestido escolhido, dele não desisti, antes procurando contornar a alvura.
Apliquei-lhes uma loção de autobronzeamento e atenuou-se o esplendor imaculado. Ganharam uma tonalidade ligeiramente bronzeada. Sairá com o banho. Acho. Espero. (logo eu, manienta, que insisto em toalhas brancas, só brancas, nada mais que brancas. Correm sério risco depois de nelas me enxugar).

A palma da mão que procedeu à aplicação, apesar de escrupulosamente lavada, ensaboada e esfregada, apresenta o mesmo tom levemente bronzeado. Muito, muito estranho. Sugere doença de pele. Desconfio que para contornar um "problema"criei outro(s).
Se calhar ...
Não seria mais simples vestir calças ou saia comprida?
Ou estender as pernas ao sol?
Ou assumir a brancura?
Brancura que as asiáticas perseguem ferozmente. Tapam-se da cabeça aos pés e até as mãos são cobertas com luvas, enquanto nós, ocidentais, é o que se vê.

Ponto da situação - apresento pernas levemente bronzeadas, só do joelho para baixo - um must!;
- A palma da mão direita mostra-se ligeiramente tisnada;
- Toalhas e lençóis correm sério risco de destruição;

Amanhã visto calças.

Beijo
Nina