terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Pintando ...

Ando inquieta há algum tempo.
São uns móveis antigos e velhos, a causa dessa inquietação.
Aborrecem- me sempre que com eles me cruzo.
Digamos que os nossos santos não se cruzam!
São antigos, sim, mas estão velhos e sem graça.
Mobilaram uma "sala de visitas", quando ainda se mobilavam salas de visitas, sempre fechadas, quase inúteis, esperando as tais visitas.
Um dia, mudaram de dono e vieram cá para casa.

Tratei de dar cara nova aos sofás, com tecidos a meu gosto. E por uns tempos a convivência foi pacífica.
Até que começou a embirração.
Conhecendo-me, sabia que tinham o destino traçado - seriam repaginados.

Fui adiando a operação ou porque chovia, ou porque não me apetecia meter as mãos na massa.
Ontem, porém, venci a inércia.



Despejei-o!
E como estava carregado!
Tendo esta porta de vidro é o espaço perfeito para guardar e expor coisas e coisinhas que de outro modo se encheriam de pó.

Receando que a velharia se desintegrasse ao ser transportada para o exterior, aqui mesmo a lixei!
Uma poeirada infernal!
E eu sem máscara ... espirrei toda a tarde!

Mas ficou lixado e limpo, pronto a receber tinta.

Com as sobras de outra aventura neste domínio, iniciei a pintura, não sem antes ter aplicado a fita isolante que protege os vidros.
Acabada a tinta branca, experimentei pintar de azul claro o interior - detestei!
Assim, amanhã, passo no Leroy Merlin e abasteço-me de Branco/Branco - mate, para continuar a operação e ocultar o medonho azul, que foi mesmo má ideia. Mas, o bom destas coisas é que nada é definitivo - não agrada, muda-se!
O importante é ser arrojada, perder o medo à lixadora, à tinta e aos pincéis, tendo consciência de que, antes de ficar bonito, fica muito feio e que, além disso,  implica uma grande desarrumação e sujeira.

Depois deste móvel, outros da mesma família receberão igual tratamento, porque vale a pena.
É que - acreditem - o ambiente rejuvenesce, fica mais leve e irreconhecível.
Depois de pronto, mostrarei a sala.
Prometo!

Beijo
Nina