quinta-feira, 6 de junho de 2019

D. Teresa





É a minha terceira leitura.  Desta vez, uma vez mais, descubro novas informações. Uma teia de dados que se entrelaçam explicam desfechos.Num obscuro universo medieval urdem-se intrigas, tal como hoje, com a diferença de que, atualmente, os agentes são profissionais, são  os 007 de Hollywood que daí, de então,  provêm.
Da mesma cepa, o acéfalo Trump e o escorpião com lânguidos olhos azuis -  como alguém já lhe chamou - Putin.

Nos sombrios, gelados, graníticos castelos e mosteiros vivia-se, resistindo a infiéis ataques , com recurso a paus, pedras e incandescentes chuvadas derramadas do alto das muralhas. Nada disso me espanta. Era mero sinal dos tempos, reflexo de precária tecnologia.

Mais chocante, o que realmente detém o curso da leitura, são as distâncias espaciais convertidas em tempo. Qualquer percurso constituía empreitada para semanas. Ir de Bierzo , na Galiza, para Leon era aventura que fazia perigar vidas - era o clima agreste, extremo, o terreno alcantilado, insidioso, onde um passo em falso equivalia ao fim da aventura, eram os bandidos à solta e, não imagino quantas mais inesperadas ameaças.
Em paralelo com atualidade, com o mundo em que vivemos, não são séculos que nos separam, é mais o resultado de uma viagem ao futuro, um delírio de Júlio Verne, inverosivelmente concretizado.

Por outro lado, o papel da mulher nada tem de passivo.
Teresa é decidida.
Teresa é poderosa.
A verdadeira heroína.
Teresa encanta-me.


Beijo
Nina